DEVASTAÇÃO

Milhares de famílias fogem em meio à bombardeios no Líbano

Mohammed Sheaito, de 31 anos, um dos poucos que permaneceu na área, descreveu à Al Jazeera a tensão das últimas horas: “Durante a noite, o chão tremia sob nós e o céu se iluminava” devido à intensidade dos ataques

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Bombardeios em Beirute – Crédito: Getty Images

No subúrbio sul de Beirute, no Líbano, o cenário é de devastação após uma série de ataques aéreos israelenses que ocorreram durante a madrugada de quarta-feira, 2. A fumaça ainda sobe dos edifícios atingidos, enquanto jovens em motos aceleram pelas estradas quase desertas e moradores tentam resgatar o que podem de suas casas, destruídas pelos bombardeios.

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Mohammed Sheaito, de 31 anos, um dos poucos que permaneceu na área, descreveu à Al Jazeera a tensão das últimas horas: “Durante a noite, o chão tremia sob nós e o céu se iluminava” devido à intensidade dos ataques. O taxista enviou sua família para outro local em busca de segurança, já que a região se assemelha a uma cidade fantasma agora.

❗️Beirut is currently under intense airstrikes by Israeli Air Force.

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— MAKS 24 👀🇺🇦 (@maks23.bsky.social) September 30, 2024 at 6:22 PM

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Intensificação dos bombardeios em Dahiyeh

O subúrbio sul de Beirut, conhecido como Dahiyeh, é uma área composta de blocos de apartamentos, lojas e negócios, além de ser onde se concentram os principais centros da organização libanesa Hezbollah. Os ataques têm como objetivo atingir locais associados ao grupo militante apoiado pelo Irã, segundo a justificativa israelense.

Milhares de pessoas estão fugindo devido às ordens de evacuação do exército israelense divulgadas nas redes sociais antes dos bombardeios. Algumas estão se abrigando com parentes, outras em escolas convertidas em abrigos em Beirute ou em apartamentos alugados. Há quem não tenha outra opção a não ser dormir nas ruas.

Nos últimos dias, uma série de ataques aéreos israelenses atingiram Dahiyeh, culminando em um ataque na sexta-feira que matou o chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah. Segundo Mohammed Afif, chefe do escritório de informações do Hezbollah, todos os edifícios atingidos eram residenciais e não abrigavam atividades militares.

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A situação é desesperadora para muitas famílias. Elas estão tentando se realocar rapidamente, levando consigo apenas o essencial. Algumas foram vistas dirigindo com colchões amarrados aos tetos dos carros. À medida que a situação continua a evoluir, a população de Beirut enfrenta desafios crescentes para continuar suas vidas em meio à destruição e incerteza.

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