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Ministro da Argentina comemora baixa do dólar e critica cobertura da mídia

Em sua conta oficial no X, Caputo destacou que o contado com liquidação (CCL) “caiu quase 10% e o Banco Central comprou 36 milhões de dólares, mas para alguns meios de comunicação a notícia hoje é que o risco-país subiu 3%”

O ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, celebrou os resultados do primeiro dia do novo esquema que visa reduzir os dólares financeiros e a brecha cambial por meio da intervenção do Banco Central da República Argentina (BCRA).
Luis Caputo, ministro da Economia argentina – Créditos: Noticias Argentinas

O ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, celebrou os resultados do primeiro dia do novo esquema que visa reduzir os dólares financeiros e a brecha cambial por meio da intervenção do Banco Central da República Argentina (BCRA). Caputo também criticou a mídia pela cobertura do colapso dos títulos soberanos e pelo aumento do risco-país.

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Em sua conta oficial no X, Caputo destacou que o contado com liquidação (CCL) “caiu quase 10% e o Banco Central comprou 36 milhões de dólares, mas para alguns meios de comunicação a notícia hoje é que o risco-país subiu 3%”. O ministro nacional acompanhou suas palavras com o emoji de um homem segurando a cabeça em sinal de descrença.

Intervenção do BCRA e recuo dos dólares paralelos

O Palácio da Fazenda planeja absorver 2,5 trilhões de pesos nas próximas semanas vendendo dólares no CCL. Essa medida faz parte da segunda fase do plano, conhecida como “emissão zero”, com o objetivo de “colapsar” a inflação e reduzir a diferença entre o câmbio oficial e o paralelo para, eventualmente, eliminar o controle cambial.

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De fato, a implementação do mecanismo de intervenção do BCRA no mercado financeiro resultou na redução do CCL em 8,50%, para $1.307. Algo similar ocorreu com o MEP, que recuou 7,70%, também para $1.307.

A onda de queda também se refletiu no dólar blue, que havia ultrapassado os $1.500 na semana passada. Nesta segunda-feira, recuou 5,67%, para $1.415. Em outras palavras, o paralelo registrou uma contração de 85 pesos desde a sexta-feira, 12 de julho, trazendo alívio ao governo após semanas de turbulências.

Desvalorização dos títulos e aumento do risco-país

A contrapartida das boas notícias para o governo foi o colapso dos títulos soberanos. Os títulos em dólares exibiram quedas acentuadas de até 11%. O vermelho tingiu todo o painel de ativos, impactando fortemente o AL35 (-11,39%), GD29 (-9,48%), GD41 (-10,23%), AL41 (-9,10%), GD35 (-10,57%), AE38 (-9,70%), AL29 (-8,60%), GD30 (-8,66%) e GD38 (-10,76%).

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Simultaneamente, o colapso dos papéis argentinos resultou em um aumento de 2,78% no risco-país, que chegou a 1.553 pontos-base, muito longe do piso de 1.100 alcançado nos primeiros meses da gestão libertária. Segundo especialistas em finanças, a Argentina precisa reduzir o indicador para cerca de 500 pontos-base para retornar ao mercado internacional de dívida.

*Leia a matéria completa (em espanhol) em Perfil.com

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