MORTALIDADE INFANTIL

Mortes de crianças até 5 anos têm queda histórica, diz ONU; taxa no Brasil cai 60%

Apesar dos avanços, dados revelam que uma criança ainda morre a cada seis segundos no mundo

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Dose deve ser administrada na mãe durante a gestação – Créditos: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil

As estatísticas divulgadas nesta quarta-feira (13) pelas Nações Unidas indicam que houve uma significativa redução no número de mortes de crianças antes de completar cinco anos, atingindo um ponto mínimo histórico em 2022, com 4,9 milhões de óbitos. No entanto, apesar desses avanços, os dados revelam que uma criança ainda morre a cada seis segundos globalmente.

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O relatório emitido pelo Grupo Inter-agências da ONU para a Estimação da Mortalidade Infantil mostra que mais crianças estão sobrevivendo atualmente, com uma queda de 51% na taxa global de mortalidade de menores de cinco anos desde 2000.

O Brasil também experimentou uma queda acentuada, com uma redução de 60% na taxa de mortalidade. Há 24 anos, o país registrava 35 mortes por cada mil crianças, enquanto em 2022 essa taxa diminuiu para 14 por mil. Isso representa uma redução significativa no número absoluto de óbitos, de 122 mil em 2000 para 39 mil em 2022.

No mundo, a taxa de mortalidade é de 37 por mil crianças. Em contraste, na Europa e nos EUA, esse índice é de apenas cinco óbitos por mil crianças.

Diversos países de renda baixa e média também observaram quedas nas taxas de mortalidade superiores a 50%. Segundo a ONU, isso demonstra que “o progresso é possível quando os recursos são suficientemente alocados para a atenção primária à saúde, incluindo a saúde e o bem-estar das crianças“. Por exemplo, países como Camboja, Malaui, Mongólia e Ruanda reduziram a mortalidade de menores de cinco anos em mais de 75% desde 2000.

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Mortes poderiam ter sido evitadas

Além dos 4,9 milhões de vidas perdidas antes dos 5 anos, 2,1 milhões de crianças e jovens entre 5 e 24 anos também morreram. A incidência é maior na África Subsaariana e no sul da Ásia, de acordo com a ONU.

“Muitas vidas poderiam ter sido salvas com um melhor acesso à atenção primária à saúde de alta qualidade, incluindo intervenções essenciais e de baixo custo, como vacinação, disponibilidade de profissionais de saúde qualificados no momento do nascimento, apoio à amamentação precoce e contínua e diagnóstico e tratamento de doenças infantis”, afirma a organização.

As crianças nascidas em famílias mais pobres têm duas vezes mais probabilidades de morrer antes dos cinco anos de idade do que as crianças nas famílias mais ricas.

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Com o ritmo atual, 59 países não atingirão a meta de redução de mortalidade dos menores de cinco anos e 64 países não atingirão a meta de mortalidade dos recém-nascidos até 2039, prevendo-se que cerca de 35 milhões de crianças morrerão antes dos cinco anos até o final da década.

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