“Não gastamos o suficiente em defesa”, diz chanceler britânica

Quando perguntada sobre a possibilidade da criação de espaços aéreos de exclusão, solicitação feita insistentemente pelo presidente ucraniano, Liz Truss afirmou que a melhor forma de garantir a segurança no espaço aéreo da Ucrânia é continuar enviando armamentos antiaéreos e apoio militar e humanitário

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A ministra das relações exteriores do Reino Unido, Liz Truss, afirmou que os países do Ocidente não gastaram o suficiente com a defesa nos últimos anos, mas viram o crescimento das capacidades militares da Rússia. Ela estava hoje (9) em Washington, ao lado do secretário de estado americano, Anthony Blinken, em uma coletiva de imprensa.

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“Nós recebemos com prazer o anúncio da Alemanha de que vai aumentar os seus gastos [com defesa] e outros países também. Precisamos também aumentar a circulação de informações entre nós. Os Estados Unidos e o Reino Unido têm feito isso, têm compartilhado informações e inteligência. O Reino Unido abandonou suas unidades de informação no final da Guerra Fria. A Rússia não fez isso. Precisamos pensar numa defesa conjunta, em práticas de defesa, informações, para que possamos competir com os russos, estar à frente deles”, afirmou a chanceler.

Quando perguntada sobre a possibilidade da criação de espaços aéreos de exclusão, solicitação feita insistentemente pelo presidente ucraniano, Liz Truss afirmou que a melhor forma de garantir a segurança no espaço aéreo da Ucrânia é continuar enviando armamentos antiaéreos e apoio militar e humanitário. Volodymyr Zelensky, mandatário ucraniano, vem há dias pedindo a criação desse espaço de exclusão aéreo para que aviões de outros países possam sobrevoar a Ucrânia e abater aviões russos que estejam em seu território.

No entanto, os líderes europeus e a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) têm se manifestado firmemente contra essa possibilidade por acreditarem que o envolvimento direto no conflito pode levar a uma guerra de grandes proporções na Europa.

Para Anthony Blinken, o envio de aviões poderia expandir o conflito fazendo com que ele fosse ainda mais letal do que já é. “Não seria nem do interesse dos nossos países, nem da Ucrânia”, afirmou.

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“Putin [presidente da Rússia] gostaria de colocar um regime fantoche na Ucrânia e, diante da resposta do povo ucraniano, fica claro que eles não vão aceitar. Se ele tentar, será um longo e sangrento desastre. A nossa resposta é fazer de tudo para garantir que os ucranianos tenham os meios de se defender. Vamos aumentar a pressão sobre a Rússia. Estou totalmente convencido de que Putin vai fracassar. Você pode tomar uma cidade, mas não vai tomar o coração e as mentes do povo ucraniano”, disse Blinken.

(Agência Brasil)

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