Nesta quarta-feira (22), Nikki Haley, que desistiu da corrida eleitoral em março deste ano, fez um pronunciamento no qual comunicou que vai apoiar a candidatura de Donald Trump. Para a republicana, Joe Biden tem sido “uma catástrofe”.
“Biden entrará para a história como o comandante em chefe que se recusou a deter nossos inimigos. Ele será lembrado por gastar mais com juros da dívida nacional do que com defesa. Ele enfraqueceu a América e permitiu que a China, a Rússia e o Irã se fortalecessem”, justificou ela no instituto Hudson, em Washington.
Vale destacar esse foi o primeiro pronunciamento de Haley desde que ela deixou a corrida eleitoral.
BREAKING: In light of Nikki Haley’s announcement, the Biden campaign has put together a montage of all the Haley voters who are supporting President Biden. Retweet so all Americans know the majority of Haley voters are for President Biden. pic.twitter.com/bPkQa1XOjS
— Biden’s Wins (@BidensWins) May 22, 2024
Um retrospecto de Nikki Haley
A ex-governadora da Carolina do Sul era o último empecilho no partido para a indicação de Trump à presidência. Sua retirada da disputa confirmou um novo confronto entre o ex-presidente e Joe Biden. No entanto, a repetição das últimas eleições era indesejada pela maioria dos americanos, de acordo com pesquisas de opinião.
Nikki Haley mostrou força nas primárias entre os republicanos tradicionais, de maior renda e nível educacional, além dos independentes. Apesar de ter conseguido um apoio considerável desse grupo, isso não foi suficiente para superar o engajamento da base de Trump, composta por eleitores mais pobres.
Em New Hampshire, por exemplo, um estado de perfil mais moderado, ela obteve 43,2% dos votos em janeiro. Ainda assim, ficou atrás do ex-presidente. Essa era uma das poucas disputas em que os analistas viam alguma chance de Haley vencer. Nesse sentido, sua derrota foi um balde de água fria para aqueles que buscavam uma alternativa a Trump.
A partir daí, a situação da republicana só piorou: ela perdeu para a opção “ninguém” na primária de Nevada, onde Trump não concorria, e também na Carolina do Sul, estado onde foi governadora.
*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini