escalada de violência

O que está em jogo no referendo que Noboa promove no Equador?

Se algumas das propostas do presidente forem aprovadas, a Constituição passará por mudanças

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Daniel Noboa, presidente do Equador – Crédito: Getty Images

O Equador passa, neste domingo (21), por um referendo liderado pelo presidente Daniel Noboa. Ele pede aos eleitores que votem a favor da implementação de novas medidas de seguranças contra a violência no país. Ainda que os cortes de energia recentes possam colocar em risco o apoio ao voto favorável, a expectativa é de que Noboa vença no referendo no Equador.

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Dentre as principais questões colocadas no referendo, Noboa pede que eleitores apoiem a autorização da colaboração entre os militares e a polícia na patrulha, a extradição de criminosos e o aumento das penas para delitos como terrorismo e homicídio, entre outras propostas. Se algumas medidas forem aprovadas, a Constituição passará por mudanças.

Vale destacar que, nos últimos dez anos, as redes de contrabando de cocaína se espalharam por toda a América Latina. Nesse sentido, os cartéis de drogas tomaram países como o Equador. Em janeiro, homens armados invadiram uma transmissão ao vivo na televisão, momento que a escalada da violência ganhou destaque global.

O impacto da emergência energética no referendo

Em suma, empresas como a Cedatos e a Comunicaliza fizeram estudos que indicam que os eleitores estão inclinados a apoiar Noboa na votação. Entretanto, os cortes diários de energia de oito horas, os quais foram determinados pelo presidente na última quarta-feira (17) por conta da escassez de energia no país, estão impactando negativamente a percepção da população sobre Noboa.

O governo executou essa medida em um momento em que os reservatórios atingiram níveis historicamente baixos por causa de um El Niño severo. O fenômeno tem grande impacto no país uma vez que a maior parte da energia é proveniente de usinas hidrelétricas. A gestão Noboa chegou a declarar estado de emergência energética.

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Talvez isso tenha alguma influência no resultado do referendo no Equador.

Para além da segurança pública

Por fim, algumas das propostas que devem ser votadas hoje não estão ligadas à segurança. Elas incluem mudanças econômicas, como a permissão para contratar trabalhadores por hora. Os opositores argumentam que isso favorecerá os mais ricos e as empresas estrangeiras.

Já a classe dos investidores se mostra favorável com relação abordagem de Noboa, especialmente sobre a segurança. Essa percepção se dá pela instabilidade do mercado vinculada à violência no país.

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