partido de extrema-direita

O que se sabe sobre o brasileiro eleito deputado em Portugal pelo ‘Chega’?

Eleito para o Parlamento da região do Porto, Marcus Vinicius Teixeira Soares dos Santos nasceu na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro

As eleições legislativas de Portugal ocorreram no último domingo (10) e a grande surpresa do pleito foi o aumento de deputados eleitos do partido de extrema-direita "Chega", o quádruplo da última corrida eleitoral, de 12 para 48 cadeiras do Parlamento.
Marcus foi o único brasileiro a concorrer ao pleito português – Créditos: Instagram/Reprodução

As eleições legislativas de Portugal ocorreram no último domingo (10) e a grande surpresa do pleito foi o aumento de deputados eleitos do “Chega”, partido de extrema-direita, o quádruplo da última corrida eleitoral, de 12 para 48 cadeiras do Parlamento.

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Dentre estes 48, um é brasileiro. Eleito para o Parlamento da região do Porto, Marcus Vinicius Teixeira Soares dos Santos nasceu na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, é lutador de Artes Marciais Mistas (MMA) e saiu do Brasil com 18 anos. À época, ele viajou aos EUA para participar dos Jogos Pan-Americanos de Jiu-Jitsu, na Flórida. Entretanto, ao invés de voltar ao fim do torneio, Marcus acabou morando no país por oito anos, vivendo na rua e eventualmente sendo adotado por uma família de haitianos.

Marcus casou-se e teve um filho nos EUA. Ele voltou ao Brasil após o fim de seu casamento por um breve período antes de, em 2008, ser convidado para um evento de MMA em Portugal. “Em 2008 fui convidado para lutar em um evento aqui (em Portugal), fiquei cinco dias, dei alguns seminários, ganhei a luta e no ano seguinte fui chamado pra começar um projeto e dar aula aqui. Então voltei e estou aqui até hoje”, explicou, em entrevista ao canal do YouTube Gonçalo Souza.

Vida política

Em 2016, Marcus voltou ao Brasil para participar do evento que iniciaria seu envolvimento na política: o protesto a favor do impeachment da então presidente, Dilma Rousseff. Ainda no Brasil, ele apoiou a candidatura de Jair Bolsonaro nas eleições de 2018 e, ao voltar para Portugal, decidiu participar no mundo político lusitano.

A agenda política do brasileiro segue a cartilha conservadora. Apesar de não ser nativo, ele defende um controle rígido da imigração e é contra o socialismo. “O socialismo é a raiz do nosso problema. A economia, as fronteiras abertas de maneira escancarada, temos um afegão que assassinou duas meninas, (…) que poderia ter evitado isso se tivesse uma politica mais restritiva, se fizesse uma melhor varredura de quem entra no nosso país”, afirma.

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O agora deputado também já chamou manifestantes contra o racismo de “vitimistas” e comenta que seu partido, o Chega, lutará veementemente contra a ideologia de gênero, citando “a exclusão da identidade do ‘inferno’ nas escolas”, referindo-se a nomes sociais de pessoas trans e a liberdade de vestimenta nos colégios.

A eleição de Marcus repercutiu no meio da direita brasileira. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, elogiou o novo cargo do político do Chega.

 

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