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Barroso sobre gestão de Bolsonaro: “Vivemos momentos difíceis”

“A má gestão da pandemia pelo negacionismo, pelo anticientificismo. Isso não tem a ver com ideologia. As coisas acontecem independente da gente gostar ou não gostar, pessoas morreram sem ar, sem respiradores”, destacou o presidente do STF

O presidente do Supremo tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, criticou, nesta sexta-feira (8), a má-utilização de recursos durante a pandemia de Covid-19 e o cuidado do meio-ambiente pela gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Barroso participou de aula magna da PUC-RJ – Créditos: Reprodução

O presidente do Supremo tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, criticou, nesta sexta-feira (8), a má-utilização de recursos durante a pandemia de Covid-19 e o cuidado do meio-ambiente pela gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.

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“Durante a pandemia da Covid-19 morreram cinco vezes mais pessoas que a média mundial. A má gestão da pandemia pelo negacionismo, pelo anticientificismo. Isso não tem a ver com ideologia. As coisas acontecem independente da gente gostar ou não gostar, pessoas morreram sem ar, sem respiradores”, afirmou Barroso, em uma aula magna na PUC-RJ.

O jurista também citou negligência ambiental da antiga gestão: “Tivemos paralisação do fundo Amazônia, dinheiro estava na conta, mas preferiram apresentar nenhum projeto do que enfrentar a mudança climática. É difícil entender essa ideia absurda de que preservação do meio-ambiente é coisa de comunista”.

O “gabinete do ódio” foi pauta de um comentário do magistrado. “Quem está acompanhando as investigações em curso sabe que se confirmou de que há um gabinete de ódio de que há líderes pedindo que se dissemine desinformação contra os seus colegas porque não pensam igual ou não aderiram ao golpe”.

Descriminalização do aborto

Barroso voltou a discutir o assunto do aborto. No Dia Internacional da Mulher, o presidente do STF afirmou que “não se trata de defender o aborto, trata-se de enfrentar esse problema de uma forma mais inteligente que a criminalização, prender a mulher não serve para nada”. “O Estado deve dar educação sexual, contraceptivos e amparar a mulher que queira ter filho (…) ser contra o aborto não significa querer que se prenda as mulheres”, completou Barroso.

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