Desde 21 de julho deste ano, o ativista norte-americano-canadense Paul Watson está detido em Nuuk, capital da Groelândia. Conhecido por sua incansável defesa das baleias, Watson enfrenta a possibilidade de ser extraditado para o Japão, o que tem gerado uma onda de solidariedade internacional e campanhas por sua libertação.
A prisão de Watson provocou uma mobilização em diversos países, incluindo o Brasil. Vários artistas brasileiros se uniram para divulgar um vídeo nas redes sociais, pedindo a libertação do ativista de 73 anos. Watson é fundador da ONG Sea Shepherd e da fundação em defesa das baleias que leva seu nome.
Paul Watson: uma vida dedicada às baleias
Paul Watson foi detido enquanto estava no navio John Paul Dejoria. Watson dedicou mais de 50 anos à proteção das baleias ao redor do mundo, e estima-se que seu trabalho já tenha salvado a vida de mais de 6,5 mil desses animais majestosos. Neste ano, o Japão lançou ao mar um novo baleeiro e declarou que pretende caçar mais de 200 baleias de diversas espécies.
Essa situação alarmante só intensificou as ações de Paul Watson, que continua a lutar contra a caça ilegal, mesmo estando preso.
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Por que o ambientalista foi preso?
Watson foi preso a pedido do governo japonês, que o acusa de danos a um navio baleeiro japonês em 2010. Ele foi levado para uma das prisões mais remotas do mundo, na Groelândia, e agora enfrenta a possibilidade de uma sentença de até 15 anos de prisão.
O tribunal de Nuuk deve decidir em 4 de setembro sobre sua permanência em prisão preventiva. A defesa de Watson alega que ele é uma vítima de vingança e que sua prisão é uma tentativa de silenciá-lo.
Paul Watson fundou a Sea Shepherd Conservation Society em 1977 no Canadá, uma organização dedicada à proteção da vida marinha. Antes disso, ele foi um dos membros fundadores e diretores do Greenpeace. Ao longo dos anos, Watson tornou-se conhecido por suas ações diretas não-violentas para salvar os oceanos.