
O Congresso da Espanha aprovou por maioria absoluta a reeleição do socialista Pedro Sánchez, o atual primeiro-ministro, nesta quinta-feira (16), após quase quatro meses depois de realizar eleições. Agora, a Espanha formou novo governo e pôs o fim ao impasse político.
Com manobras que incluíram um polêmico pacto com separatistas do país, Sánchez conseguiu manter-se no cargo apesar de ter ficado em segundo lugar nas últimas eleições, em julho, que ele mesmo havia convocado antecipadamente depois de perder apoio político.
Desta vez, o primeiro-ministro se aliou a partidos separatistas do país, que têm forte rejeição entre a maioria da população. O pacto, em especial com a sigla Junts per Catalunya, que defende a independência da região da Catalunha, gerou uma onda de protestos por todo o país.
Na votação desta quinta-feira, os deputados aprovaram o governo do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) por 179 votos a favor e 171 contra – Sánchez precisava de um mínimo de 176 votos favoráveis para conseguir formar governo. Ele agora governará em aliança com seis partidos, entre siglas da esquerda e os também do País Basco.
Para apoiar Sánchez, os separatistas catalães fizeram uma série de exigências. A principal delas era que o governo aprovasse a Lei de Anistia, que, se aprovada, absolverá automaticamente políticos catalães condenados por terem realizado um referendo sobre a separação da Catalunha em 2017. A votação havia sido proibida pela Justiça espanhola, mas foi feita mesmo assim na região.
Me quiero dirigir a todos los grupos que hoy me darán su apoyo para renovar como presidente y formar un nuevo Gobierno de coalición.
A los 179 diputados y diputadas que han comprometido su voto y que representan a más de 12,6 millones de ciudadanos que el pasado 23 de julio… pic.twitter.com/pzjHRB51QK
— Pedro Sánchez (@sanchezcastejon) November 16, 2023