protestos nas universidades

Prazo de Columbia expira, mas acampamentos pró-Palestina não dispersam

Os manifestantes afirmaram que manterão as tendas até que a instituição de ensino atenda a suas exigências

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Manifestação pró-palestina em Columbia – Crédito: Getty Images

Nesta segunda-feira (29), foi atingido o prazo para o encerramento dos acampamentos pró-Palestina na Universidade Columbia, em Nova York. No entanto, os estudantes optaram por não dispersar as manifestações, as quais tiveram início em 18 de abril. A direção do centro de ensino emitiu uma advertência aos alunos, ameaçando suspensão imediata.

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Às 15h, no momento em que o prazo se encerrou, várias pessoas que participavam da manifestação circulavam em torno do acampamento. Um representante da universidade declarou que a instituição começou a aplicar suspensões aos alunos que desrespeitaram o prazo da direção.

Ben Chang, vice-presidente do escritório de assuntos públicos, não especificou o número de alunos que seriam suspensos. Contudo, ele afirmou que os estudantes ficariam impedidos de frequentar aulas ou se formar.

Além disso, a administração universitária também comunicou que a Columbia não planejava retirar investimentos de ativos ligados ao exército de Israel, que é uma demanda central dos manifestantes. No entanto, a universidade propôs investir em iniciativas de saúde e educação em Gaza, além de aumentar a transparência nos investimentos diretos.

De acordo com o The New York Times, os próximos passos da universidade ainda não estão claros. Já os manifestantes dos acampamentos pró-Palestina de Columbia afirmaram que manterão o acampamento em até que a instituição atenda a três exigências: retirada de investimentos em Israel, maior transparência nas finanças da faculdade e perdão para estudantes e professores penalizados por participarem das manifestações.

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Os acampamentos pró-Palestina nas universidades

No sábado (27), mais de 200 pessoas foram presas em quatro universidades nos Estados Unidos durante manifestações em apoio à Palestina. Com essas detenções, o total de manifestantes presos desde o início dos protestos chegou a 700.

O foco principal desse movimento é a Universidade Columbia, em Nova York. Lá, um acampamento de ativistas exibe bandeiras palestinas e mensagens de apoio a Gaza.

Nesse contexto, alguns membros da comunidade universitária expressaram desconforto em relação aos protestos. Alunos e docentes judeus argumentam que as manifestações estão adquirindo uma conotação antissemita. Nesse sentido, esses grupos estão receosos de frequentar os campi.

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Shai Davidai, um professor da Escola de Administração da Universidade Columbia, relatou ter sido impedido de acessar uma área do campus. Ele é um judeu israelense-americano.

*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini

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