O consumo em massa despencou 13,4% em fevereiro, em comparação com o mesmo mês do ano passado. Em relação a janeiro, a queda atingiu 6,6%. Isso foi revelado por um estudo realizado pela Focus Market.
A pesquisa da consultoria liderada por Damián Di Pace foi realizada através da Scanntech (leitor de código em 680 pontos de venda em todo o país) e refletiu o “retrocesso” registrado no mês recentemente encerrado, em meio à escalada da inflação e à consequente perda de poder de compra dos rendimentos.
Outros dados que indicam o declínio nas vendas estão relacionados à quantidade de recibos, que diminuiu 11,4% em comparação com o mesmo período de 2023. Por sua vez, as unidades por recibo despencaram 12,3% em termos anuais, para uma média de 4,7 unidades por compra.
Segundo o economista, o governo de Javier Milei está “preocupado porque, apesar da queda no consumo, os preços voltam a acelerar na primeira semana de março”. Vale ressaltar, nesse sentido, que um recente estudo do Centro de Estudos Econômicos e Sociais ‘Scalabrini Ortíz’ (CESO) indicou que o libertário busca “uma recessão para controlar a demanda” e reduzir a inflação, que nada mais é do que uma diminuição nos preços resultante de uma queda nas vendas e ajuste salarial.
“A preocupação reside no fato de que existem preços unitários que têm promoções, ofertas ou descontos que fazem variar o preço real que o cliente paga, mas que na prateleira aparece com um preço superior”, destacou o analista. Isso foi uma das razões que levou o ministro da Economia, Luis Caputo, a se reunir nas últimas semanas com empresários supermercadistas.
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