antissemitismo

Preso, atirador que matou 11 pessoas em sinagoga nos EUA é condenado à morte

O crime foi considerado o ataque mais mortífero a judeus na história dos Estados Unidos

O caminhoneiro Robert Bowers, que entrou armado em uma sinagoga nos Estados Unidos e matou 11 pessoas, foi condenado à morte.
O massacre aumentou o temor de que ressurgissem nos Estados Unidos grupos de extrema-direita e neonazistas, bem como ataques motivados pelo racismo. (Crédito: Jeff Swensen/Getty Images)

O caminhoneiro Robert Bowers, que entrou armado em uma sinagoga nos Estados Unidos e matou 11 pessoas, foi condenado à morte nesta quarta-feira (2). Ele estava preso e havia sido considerado culpado pelo crime em junho deste ano. O fato aconteceu em 27 de outubro de 2018.

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O ataque à sinagoga Tree of Life – “árvore da vida”, em inglês – na cidade de Pittsburgh foi considerado o mais mortífero a judeus na história dos Estados Unidos. Na ocasião, o homem levava consigo um rifle de assalto semiautomático AR-15 e três revólveres Glock.

Um júri formado por 12 membros decidiu por unanimidade que o atirador deverá ser executado. Ele foi considerado culpado por dezenas de crimes de ódio federais em junho, após um julgamento no Tribunal Distrital dos EUA em Pittsburgh. O homem de 50 anos foi condenado por 63 acusações, incluindo 11 acusações de obstrução do livre exercício de crenças religiosas resultando em morte, conforme reportado pela emissora Al Jazeera.

Os jurados entenderam que Bowers cometeu o crime motivo por seu “ódio aos judeus“. Ele já havia professado o antissemitismo na Internet, e escolheu a sinagoga Tree of Life porque sua localização, em uma das maiores e históricas comunidades judaicas dos Estados Unidos, permitiria que ele “levasse a devastação ao extremo, amplificasse o dano de seus crimes e causasse medo”. Os membros do júri pontuaram, ainda, que o assassino não demonstrava remorso.

O massacre aumentou o temor de que ressurgissem nos Estados Unidos grupos de extrema-direita e neonazistas, bem como ataques motivados pelo racismo.

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Vítimas

“Alguma justiça foi feita”, declarou Andrea Wedner, que foi atingida e ferida durante o ataque, e sobreviveu. A mãe dela, Rose Mallinger, não teve a mesma sorte e morreu aos 97 anos, vítima do atirador. Andrea e seus familiares agradeceram aos jurados após a leitura da sentença.

O rabino Jeffrey Myers, que se escondeu em um banheiro durante os disparos, também agradeceu em um comunicado. “É minha esperança que possamos começar a nos curar e seguir em frente”, disse.

Essa decisão do júri marca a primeira vez em que os promotores federais buscaram e ganharam a pena de morte com sucesso desde que Joe Biden assumiu a presidência do país, em janeiro de 2020. Não se sabe, porém, quando e se Bowers será executado. O Departamento de Justiça dos EUA instaurou uma moratória sobre a realização de execuções federais enquanto revisa a pena de morte – que Biden prometeu abolir quando era candidato à presidência.

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