PROTESTO

Províncias argentinas ameaçam corte no fornecimento de petróleo e gás para todo o país

Governadores não concordam com ajustes fiscais promovidos pelo presidente Javier Milei

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Províncias unidas: reserva de Vaca Muerta, na Argentina, explora gás xisto – Crédito: Divulgação

disputa entre o presidente Javier Milei e os governadores provinciais tem, agora, um novo capítulo. Em comunicado, governadores que se apresentam como representantes das “Províncias Unidas do Sul” afirmam: “Se não enviarem recursos, Chubut não entregará seu petróleo e gás”.

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A ameaça deste corte vem das principais produtoras de petróleo e gás na Argentina e a disputa política pode levar a uma suspensão de fornecimento ao restante do país. A crítica de governadores é em relação aos severos ajustes fiscais, que, segundo eles, provocam impactos nos gastos básicos dos governos locais.

“Na próxima quarta-feira, não sairá nem uma gota de petróleo se não respeitarem, de uma vez por todas, as províncias e não retirarem o pé de cima”, declarou neste sábado (24) Ignacio Torres, governador de Chubut (sul), ao canal C5N. A província é a segunda maior produtora de petróleo do país.

Segundo os dados  do Ministério da Economia, referentes ao terceiro trimestre de 2023, Chubut respondeu por 21,5% da produção nacional.

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Em uma série de mensagens na rede social X, Milei, que está a caminho dos Estados Unidos, chamou os governadores que apoiaram a reivindicação de Chubut de “degenerados fiscais”. 

“Não se preocupe, Nachito, vamos resolver na Justiça”, publicou Milei. Torres respondeu: “Tomara que haja um canal de diálogo, o problema é que você não sabe com quem falar”.

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Repercussão

A ministra da Segurança, Patricia Bullrich , entrou na briga, criticando a atitude de Torres, alegando que “não são os valores” do partido.

“Uma coisa é a discussão sobre as dívidas e o financiamento das províncias, o que um membro do PRO não pode fazer é uma rebelião afirmando que vão tirar o nosso petróleo, gerando incerteza nacional e internacional”, disse Bullrich.

Em comunicado oficial, o governo Milei afirmou que a retenção dos repasses se deu no contexto de uma dívida contraída pela gestão anterior de Chubut com o governo de Alberto Fernández.

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