OPINIÃO

Quanto mais próximos, mais mudanças

Os argentinos vão às urnas neste domingo (19) escolher, em votação de segundo turno, o próximo presidente do País

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Sempre há esperança na caixa de Pandora e na urna (Crédito: Pablo Temes / Perfil.com)

Como falou Zaratustra: “Não há nada de novo sob o sol”. O problema de todos os governos democráticos, desde a Revolução Francesa, tem sido administrar quanta igualdade e quanta liberdade os eleitores desejam em cada momento histórico e os argentinos de 2023 estão debatendo-se as mudanças que desejam e quão próximos os políticos que os apoiam deveriam produzir estas mudanças com um governo tanto a partir do partido no poder como da oposição.

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O verdadeiro “Juntos pela Mudança” está sendo combatido no segundo turno

Todos querem mudança. O próprio Sergio Massa baseia a sua campanha, crível ou não, no fato de representar também uma mudança no kirchnerismo e no legado de Alberto Fernández.Javier Milei também quer, de alguma forma, união com parte da casta para poder governar com o apoio de Macri e Bullrich, além da chegada do dialogista Guillermo Francos como Ministro do Interior e porta-voz oficial de La Libertad Avanza.

Foi o próprio Mauricio Macri quem em 2022, após a vitória eleitoral do ‘Juntos pela Mudança’ nas eleições legislativas de 2021 e quando se presumia que repetiriam a vitória nas eleições presidenciais de 2023, numa reunião da pequena mesa da coligação, afirmou que na sua opinião o “juntos” estava com mais ênfase do que a “mudança” e que sem mudança não seriam nada.

Naquela época, o capital eleitoral de Javier Milei era bem inferior ao atual: ele havia obtido 17% na cidade de Buenos Aires, o equivalente a 1,3% do total nacional (313 mil votos de um total de mais de 23 milhões de votos positivo nacionalmente). Além disso, José Luis Espert obteve o dobro de votos do La Libertad Avanza com os 670 mil votos na província de Buenos Aires em seu Avanza Libertad.

É hoje que continuam as discussões dentro do Juntos pela Mudança: a principal é se Javier Milei deveria ter sido adicionado às primárias como Horacio Rodríguez Larreta conseguiu fazer com Avanza Libertad. De alguma forma, esta oposição multipartidária interna teria resolvido o que o segundo turno resolverá – agora, porque finalmente Sergio Massa, com sua promessa de um governo de unidade nacional, representa o termo “juntos” que Horacio Rodríguez Larreta encarnou dentro do PRO, somando-se ao radicais e a Coligação Cívica, enquanto Javier Milei representa a “mudança” significativa que Mauricio Macri e Patricia Bullrich encarnaram.

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