Julian Assange tornou-se uma figura central na discussão sobre liberdade de imprensa e segurança de dados com a criação do WikiLeaks. A plataforma, fundada em 2006, foi responsável pelo vazamento de uma quantidade sem precedentes de documentos confidenciais, principalmente dos Estados Unidos.
Assange enfrentou diversas acusações legais que culminaram com seu asilo na Embaixada do Equador em Londres e, posteriormente, sua prisão. Nesta segunda-feira (24), após intensas batalhas judiciais e um acordo com os Estados Unidos, ele retorna à liberdade e, possivelmente, à Austrália, sua terra natal.
JULIAN ASSANGE IS FREE
Julian Assange is free. He left Belmarsh maximum security prison on the morning of 24 June, after having spent 1901 days there. He was granted bail by the High Court in London and was released at Stansted airport during the afternoon, where he boarded a…
— WikiLeaks (@wikileaks) June 24, 2024
Quem é Julian Assange?
Nascido na Austrália, Assange destacou-se desde cedo por suas habilidades em programação. Seu primeiro confronto com a lei ocorreu em 1995, quando foi acusado de cometer crimes cibernéticos. Apesar dos desafios legais, ele rapidamente se estabeleceu como uma figura importante no campo da tecnologia e da informação.
O que é o WikiLeaks?
O WikiLeaks surgiu como um recurso revolucionário para ativistas e jornalistas, oferecendo um meio seguro para o vazamento de informações sensíveis. A ideia era proteger a identidade dos colaboradores enquanto expunha segredos governamentais e corporativos. Em 2010, o portal ganhou notoriedade mundial ao divulgar documentos militares e diplomáticos dos EUA, iluminando práticas obscuras e influenciando a opinião pública global.
Desafios legais e asilo
Em 2010, após a divulgação massiva de documentos secretos, Assange foi rapidamente colocado no centro de uma controvérsia internacional. Enfrentando acusações de abuso sexual na Suécia, ele buscou asilo na Embaixada do Equador em Londres em 2012, onde permaneceu por sete anos. Durante esse período, ele continuou a influenciar debates sobre liberdade de expressão e segurança na internet.
Seu refúgio na embaixada também se tornou um ponto de encontro para ativistas e personalidades mundialmente famosas, fortalecendo sua imagem como um ícone contrário ao sistema.
Liberação de Julian Assange e acordo com os EUA
Após negociações e discussões sobre sua saúde mental e risco de suicídio, um juiz britânico decidiu, em 2021, que Assange não deveria ser extraditado para os Estados Unidos. Em 2024, um acordo foi alcançado, permitindo que Assange se declarasse culpado de uma acusação nos EUA, mas servido em uma prisão australiana.
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