Manuel Rosales emerge como o principal rival de Nicolás Maduro nas próximas eleições, agendadas para 28 de julho, após uma nomeação de última hora. Sua escolha, apesar de não ter sido a primeira opção da oposição, reflete sua reputação como um político veterano. O candidato pragmático e astuto demonstra estar mais inclinado à negociação do que seus colegas vetados pelo governo.
A nomeação de Rosales como candidato ocorreu após a oposição ser impedida de registrar sua opção inicial devido a falhas no sistema online. Isso levou à exclusão de Corina Yoris, a escolha alternativa indicada por María Corina Machado, uma das líderes opositoras proeminentes. A aceitação de Rosales pela oposição, especialmente por Machado, é vista como crucial para unificar o campo antichavista em torno de sua candidatura.
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Rosales, que já desafiou Hugo Chávez na corrida presidencial de 2006, é uma figura respeitada em Zulia, um estado importante devido à sua riqueza petrolífera e sua alta densidade populacional. Sua volta à cena política nacional é marcada pela esperança de reunir uma oposição fragmentada e oferecer uma alternativa viável ao longo domínio de Maduro.
Trajetória política de Rosales
Nascido em 1948, Rosales começou sua trajetória política como líder estudantil durante os anos 70. Ele se destacou como um defensor dos direitos dos jovens e da democracia em um período de crescente agitação política na Venezuela.
Rosales ingressou na arena política formal, ocupando cargos como prefeito da cidade de Maracaibo, capital do estado de Zulia, e governador do mesmo estado de 2000 a 2008. Após isso, foi reeleito de 2008 a 2009, quando partiu para o exílio após ser acusado de enriquecimento ilícito.
Em 2006, Rosales concorreu à presidência da Venezuela como candidato da oposição, enfrentando o então presidente Hugo Chávez. Embora tenha sido derrotado, sua campanha o consolidou como uma figura proeminente na política venezuelana.
Sua carreira política foi marcada por controvérsias, incluindo acusações de corrupção. Apesar desses desafios, ele conseguiu retornar à Venezuela e continuar sua atuação.
*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini