O espanhol Sergio Fuentes, que se auto intitula “Rei do OnlyFans” está sendo investigado pela Polícia de Andorra, micropaís que fica nos Pirineus entre as fronteiras de Espanha e França, por proxenetismo, delito conhecido popularmente como “cafetinagem”.
Após declarações feitas por Sergio Fuentes ao programa de TV “Equipo de Investigación de La Sexta”, na última sexta-feira (15), uma investigação foi aberta para averiguar indícios de pornografia infantil.
Autointitulado “Rei do OnlyFans”, ele revelou ser responsável por gerenciar 25 perfis na plataforma e que segue em busca de novas moças. “Gosto de modelos que tenham um perfil inocente, mas que sejam gostosas. Quanto mais jovens, melhor”, declarou ele, que diz ser essa a preferência do público.
“OnlyFans” é uma rede social na qual o usuário abre um canal e os seguidores devem pagar para visualizar conteúdos quase exclusivamente pornográficos. Fuentes trabalha como gestor de meninas que decidiram se dedicar à venda desse conteúdo, produzido com o próprio corpo diante de uma câmera.
Em entrevista para o jornal Diário d’ Andorra neste domingo (17), Ester Molné, ministra do Interior e da Justiça do principado de Andorra, falou sobre a possibilidade de haver mais crimes, como promoção de prostituição e cafetinagem. “Estamos preocupados com o bem-estar de todos, em especial menores, por serem vulneráveis.”
De acordo com Sergio Fuentes, ele recebe de 30% a 50% do faturamento das contas de mulheres que ele agencia no OnlyFans, o que traria uma renda de 400 mil euros (cerca de R$ 2,1 milhões) por mês.
No micropaís, a prostituição e o proxenetismo são práticas proibidas. Caso os juízes locais considerem que o OnlyFans é utilizado na venda de serviços sexuais, os atos de Sergio Fuentes em agenciar garotas pode ser considerado como “cafetinagem”, crime que pode resultar em pena de dois a cinco anos de prisão.
Atualmente, Sergio Fuentes exige que as clientes que ele gerencia produzam cenas explícitas. No programa, o “Rei do OnlyFans” acrescentou não acreditar que o conteúdo produzido por elas seja prostituição, mas caso fosse, ele admitiu que seria um “cafetão”. “Não forço ninguém”, se justificou.
Nas suas redes sociais, o empresário espanhol falou em vídeo que o comentário feito sobre menores era uma “sátira” para zombar dos repórteres que o entrevistaram. Ele acusou a mídia de desinformação e declarou que: “Qualquer pessoa que seja um pouco inteligente verá que o que fazemos é um trabalho normal”.
*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini