alianças

Quem é Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria que escondeu Bolsonaro?

Ex-presidente passou dois dias na embaixada após ter sido alvo de operação da PF

bolsonaro
Bolsonaro foi recebido na embaixada da Hungria após a PF confiscar seu passaporte – Créditos: Getty Images

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi flagrado na embaixada da Hungria no Brasil logo após ter sido alvo de uma operação da Polícia Federal, em fevereiro deste ano. De acordo com filmagens divulgadas hoje pelo The New York Times, o político foi recebido pelo embaixador húngaro Miklos Tamás Halmai.

Publicidade

Publicidade

Quatro dias antes da estadia, a Justiça havia confiscado o passaporte de Bolsonaro. O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, defendeu o ex-presidente nas suas redes sociais. “Um patriota honesto. Continue lutando, senhor presidente”, publicou.

Quem é Viktor Orbán?

Orbán foi primeiro-ministro da Hungria em 1998, 2002 e retornou ao poder em 2010, onde permanece desde então. O político é líder do partido Fidesz, grupo conservador que começou como centrista e se tornou reacionário com tendências de extrema direita.

De acordo com o Parlamento Europeu, a Hungria vive uma autocracia liderada pelo primeiro-ministro. A instituição já denunciou o país por corrupção, nepotismo, perseguição a minorias, cooptação dos meios de comunicação, entre outros. Apesar das eleições regulares, o sistema permanece autoritário. No decorrer do seu mandato, Orbán promoveu a aposentadoria dos juízes mais antigos da Suprema Corte húngara, indicando aliados e se livrando da oposição. O chefe de Estado também é contra a integração representada pela União Europeia.

Publicidade

Orbán é um dos poucos políticos que participou da posse de Bolsonaro. O primeiro-ministro mantém boas relações com líderes de extrema direita. Esse é o caso de Javier Milei, presidente argentina cuja posse em 2023 reuniu Bolonaro e Órban novamente.

Por que Jair Bolsonaro pediu abrigo?

No início de fevereiro, o ex-presidente foi um dos alvos da Operação “Tempus Veritatis”, da Polícia Federal. A PF apreendeu seu passaporte para prevenir eventuais fugas.

Em nota, a defesa de Bolsonaro afirmou que o motivo da visita foi a manutenção do contato com autoridades do “país amigo”. Os advogados do político defendem que ele recebeu um convite para a embaixada. “Quaisquer outras interpretações que extrapolem as informações aqui repassadas se constituem em evidente obra ficcional, sem relação com a realidade dos fatos e são, na prática, mais um rol de fake news”

Publicidade

Similarmente, em entrevista ao Metrópoles, Bolsonaro confirmou que foi até o local, mas negou eventuais suspeitas. “Não vou negar que estive na embaixada sim. Não vou falar onde mais estive. Mantenho um círculo de amizade com alguns chefes de estado pelo mundo. Estão preocupados. Eu converso com eles assuntos do interesse do nosso país. E ponto final. O resto é especulação”.

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber grátis o Menu Executivo Perfil Brasil, com todo conteúdo, análises e a cobertura mais completa.

Grátis em sua caixa de entrada. Pode cancelar quando quiser.