A Rússia anunciou nesta quarta-feira (18) que expulsará dezenas de diplomatas europeus, em resposta a medidas adotadas por países ocidentais, a partir do contexto de tensão após sua invasão da Ucrânia.
No total, 34 diplomatas franceses devem deixar a Rússia dentro de duas semanas, de acordo com o portal Exame. Já 27 diplomatas espanhóis, “colaboradores da embaixada da Espanha em Moscou e do Consulado Geral da Espanha em São Petersburgo”, têm sete dias para deixar o país, informou a diplomacia russa.
Também como medida de retaliação, Moscou decidiu expulsar 24 diplomatas italianos, declarou Maria Zakharova, porta-voz da diplomacia russa. Em abril, a França já havia anunciado a expulsão de 41 diplomatas russos, que supostamente estariam envolvidos em atividades de espionagem, explicando que a sanção fazia parte de “uma abordagem europeia”.
De acordo com o comunicado da diplomacia russa, a medida “prejudica seriamente as relações russo-francesas, bem como a cooperação bilateral construtiva”. E “protestou fortemente” contra “a decisão provocativa e infundada das autoridades francesas”.
A Rússia ordena a expulsão de 27 diplomatas espanhóis e dá-lhes sete dias para partirem, em reciprocidade para a medida adoptada pela Espanha após a invasão da Ucrânia. pic.twitter.com/EPJuqJt6Gb
— geopol.pt (@GeopolPt) May 18, 2022
Entenda o conflito
Desde o dia 24 de fevereiro, Vladimir Putin deu início ao conflito contra a Ucrânia ao bombardear regiões do país. A invasão contou com domínios por terra, mar e ar, após autorização do presidente russo.
Vladimir Putin não aceita que a Ucrânia faça parte da OTAN, uma aliança criada pelos Estados Unidos. O presidente não deseja que uma base inimiga seja estabelecida próxima a seu território, uma vez que a Ucrânia faz fronteira com a Rússia. Esse foi um dos estopins para que Putin iniciasse os ataques.