Segundo informações de agências internacionais de notícias, a Rússia expulsou do país o vice-embaixador dos Estados Unidos em Moscou, Bartle Gorman, nesta quinta-feira (17).
Segundo a agência russa de notícias RIA, fontes da embaixada americana em Moscou afirmaram que o governo de Washington responderá à expulsão.
Até o momento, não foram informadas as justificativas usadas pela Rússia para a expulsão ou quais medidas os EUA pretendem tomar frente à situação.
Os rumores da expulsão do vice-embaixador coincidem com o momento em que os EUA acusam a Rússia de planejar uma invasão à Ucrânia, o que o Kremlin nega.
Nesta quinta-feira (17), os norte-americanos afirmaram que a Rússia não tem retirado sua presença militar das fronteiras e que inclusive tem avançado em direção a Ucrânia. Mais de 100 mil soldados russos estão mobilizados nas fronteiras para a realização de exercícios militares.
A embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, afirmou nesta quinta-feira (17) que a Rússia se dirige para uma “invasão iminente”, apesar dos anúncios de retirada das tropas.
“Quero sinalizar nosso intenso compromisso com a diplomacia, oferecer e enfatizar o caminho para a desescalada e deixar claro ao mundo que estamos fazendo tudo – tudo – que podemos para evitar uma guerra”, disse a embaixadora.
Acusações norte-americanas
O governo de Joe Biden acusou, na quarta-feira (16), a Rússia de enviar pelo menos 7.000 militares à região das fronteiras com a Ucrânia.
Frente a isso, o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, reforçou a tese de que a Rússia não tem recuado as tropas presentes na fronteira.
Austin afirmou que a Rússia esteja estocando suprimentos de sangue e suas tropas estejam se aproximando da Ucrânia. “Eu mesmo fui um soldado não muito tempo atrás”, disse o secretário de Defesa. “Eu sei em primeira mão que você não faz esse tipo de coisa sem motivo.”
Tradução do post oficial de Joe Biden no Twitter: ”Desde o início desta crise, tenho sido claro e consistente: os Estados Unidos estão preparados não importa o que aconteça. Estamos prontos para que a diplomacia melhore a estabilidade e a segurança na Europa como um todo. E estamos prontos para responder de forma decisiva se a Rússia atacar a Ucrânia.”
From the beginning of this crisis, I have been clear and consistent: The United States is prepared no matter what happens.
— President Biden (@POTUS) February 15, 2022
We are ready for diplomacy to improve stability and security in Europe as a whole.
And we are ready to respond decisively if Russia attacks Ukraine.