Em entrevista para a CNN, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que os objetivos da Rússia seguem os mesmos desde o início da invasão: desmilitarizar a Ucrânia, eliminar os batalhões nazistas e o reconhecimento dos territórios independentes.
“Ninguém tem raiva da Ucrânia nem dos ucranianos, apenas daqueles proíbem que se fale russo, dos que carregam símbolos nazistas nas ruas, dessas pessoas que querem a Otan ameaçando a Rússia”, afirmou Peskov.
Sobre as ameaças de Vladimir Putin usar armas nucleares, Peskov descartou, a princípio: “caso haja uma ameaça existencial à Rússia, então isso pode ser uma consequência, não há outras razoes mencionadas nesse texto.”
Durante reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o embaixador da Rússia, Vasily Nebenzya, afirmou que grupos nazistas atiram propositalmente em ucranianos que tentam fugir do país. A narrativa foi repetida na entrevista de Peskov à CNN, que quando questionado sobre os constantes ataques à cidade de Mariupol, negou mais uma vez os ataques a civis e acusou tropas nacionalistas ucranianas de impedir a fuga dos moradores.
Tradução do post de Christiane Amanpour no Twitter: ”Durante meses, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, e muitos outros oficiais russos negaram repetidamente que a Rússia planejava invadir a Ucrânia – e depois invadiram mesmo assim. Eu coloco isso para Peskov: depois de todas essas mentiras, como alguém pode acreditar na Rússia em futuras negociações?”
For months, Kremlin spokesperson Dmitry Peskov and many other Russian officials repeatedly denied Russia planned to invade Ukraine – and then invaded anyway.
— Christiane Amanpour (@amanpour) March 22, 2022
I put this to Peskov: after all those lies, how can anyone ever believe Russia in future negotiations? pic.twitter.com/fRYEQSnDuC