Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, afirmou nesta segunda-feira (4) que o governo da Rússia nega “categoricamente” a acusação de autoria no assassinato de centenas de civis em Bucha. A cidade estava dominada pelas forças militares russas, e após o local ser liberado, a Ucrânia relatou ter encontrado no local mais de 400 mortos na região.
Peskov acusou Kiev de “montar” um cenário no local e que especialistas russos detectaram várias cenas falsas e edições em vídeos do local divulgados por Kiev. De acordo com o portal G1, o porta-voz também afirmou que os fatos e a cronologia “não sustentam a versão da Ucrânia”.
Ainda, Peskov pediu que líderes da União Europeia e Estados Unidos ouçam todas as versões “antes de fazer um julgamento”. O prefeito de Bucha, Anatoliy Federouk afirmou que “Em todo o país há cidades assim. Eles (russos) não conseguem produzir avanços em território ucraniano, então estão torturando civis”.
Também nesta segunda-feira (4), o presidente francês Emmanuel Macron se posicionou em relação aos assassinatos em Bucha. “Há pistas muito claras que apontam para crimes de guerra. Está mais ou menos estabelecido que o exército russo é responsável. O que aconteceu em Bucha exige uma nova rodada de sanções e medidas muito claras”, afirmou o líder.
FM @DmytroKuleba: “Ainda estamos reunindo e procurando corpos, mas o número já passou das centenas. Os cadáveres jazem nas ruas. Eles mataram civis enquanto estavam lá e quando estavam deixando essas aldeias e cidades”.
— UKR Embassy in BRA (@UKRinBRA) April 3, 2022
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Entenda o conflito
Desde o dia 24 de fevereiro, Vladimir Putin deu início ao conflito contra a Ucrânia ao bombardear regiões do país. A invasão contou com domínios por terra, mar e ar, após autorização do presidente russo.
Vladimir Putin não aceita que a Ucrânia faça parte da OTAN, uma aliança criada pelos Estados Unidos. O presidente não deseja que uma base inimiga seja estabelecida próxima a seu território, uma vez que a Ucrânia faz fronteira com a Rússia. Esse foi um dos estopins para que Putin iniciasse os ataques.