O Senado dos Estados Unidos analisará nesta terça-feira (23) uma proposta de envio de auxílios bélico e financeiro à Ucrânia em seu conflito contra a Rússia. O projeto já havia passado pela Câmara dos Deputados no sábado e, se aprovado pelos senadores, necessitará apenas do aval do presidente Joe Biden, que já declarou que assinará o quanto antes.
O texto prevê a destinação de US$ 60 bilhões (cerca de R$ 307 bilhões) em materiais de guerra. Além disso, US$ 1 bilhão seriam liberados imediatamente para um envio rápido de equipamentos que ajudariam os soldados por alguns dias. Os ucranianos necessitam, mais urgentemente, de projéteis de artilharia e sistemas de defesa aérea.
O auxílio vem em um momento crítico para o lado ucraniano, que vê o Exército da Rússia ganhar mais e mais território ao longo dos meses, com a região de Donbas, alvo maior do país, quase completamente sob o controle de Putin.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou recentemente que os russos conseguem atirar quase dez vezes mais cartuchos do que o Exército ucraniano. A força russa também é de sete a dez vezes maior do que seu adversário.
“Peço para que meus colegas juntem-se para passar o projeto hoje o quanto antes, mandem para nossos amigos no exterior o auxílio que eles esperaram por tanto tempo”, disse o líder democrático no Senado Chuck Schumer em seu discurso de abertura da sessão.
O lado republicano também apoia a ideia. O líder da ala, Mitch McConnell disse que ao falhar em ajudar seus aliados, os EUA fortaleceriam os “inimigos”, como China e Rússia.
Sen. McConnell: “Make no mistake: delay in providing Ukraine the weapons to defend itself has strained the prospects of defeating Russian aggression … Today’s action is overdue,” pic.twitter.com/WT7I0ZzRIZ
— UNITED24 Media (@United24media) April 23, 2024
Outros assuntos discutidos pelo Senado
Além do valor à Ucrânia, os senadores votarão mais US$ 26 bilhões (cerca de R$ 133 bilhões) direcionados a Israel, além de US$ 8,12 bilhões (cerca de R$ 41,5 bilhões) em ajuda a Taiwan. Ainda não se sabe como a quantia destinada a Israel será utilizada. Vale lembrar que o país já recebeu bilhões de dólares em ajuda dos EUA.
Por último, deve-se analisar o banimento da plataforma TikTok, operada pela empresa chinesa ByteDance, se esta não vender suas ações no mercado americano. O assunto tomou o conhecimento público estadunidense recentemente pela preocupação com a quantidade de dados de cidadãos americanos que podem estar disponíveis aos chineses.