A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu nessa sexta-feira (24) que abortar no país não é mais um direito. A sentença, que reverte uma decisão que havia sido tomada pelo mesmo tribunal há 49 anos, representa alterações significativas na vida das mulheres e para a política americana.
We took a look at the current state of abortion in the U.S. Most abortions occur in the first trimester. Though some women have more than one abortion in their lifetime, the typical abortion patient has never had one before. https://t.co/usvFnC8Cpm pic.twitter.com/AVIBYxJctZ
— The New York Times (@nytimes) June 24, 2022
De acordo com especialistas ouvidos pelo jornal Folha de SP, a mudança não proíbe o aborto no país, mas abre espaço para que cada um dos 50 estados adote vetos locais. Por maioria de 6 votos a 3, a corte considerou como válida uma lei criada no estado do Mississipi, de 2018, que veta a interrupção da gravidez após a 15ª semana de gestação, mesmo em casos de estupro.
O fim do direito ao aborto já era esperado desde o começo de maio, quando veio a público um rascunho da decisão sobre o tema. A partir daí, aconteceram diversos protestos pelo país.