A disputa está acirrada na Argentina: de um lado, o atual ministro da Economia, o peronista Sergio Massa. Do outro, o radical de direita Javier Milei. Neste domingo, os argentinos decidem quem vai governar o país neste segundo turno da eleição. Entre acusações não comprovadas de fraude eleitoral, uma economia capenga e altos índices de inflação e candidatos com rejeição nas alturas, essa será a eleição mais polarizada na Argentina desde 1983. Nesta época, o país retornou à democracia após uma ditadura militar.
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— Perfil.com (@perfilcom) November 19, 2023
O que dizem as pesquisas?
Segundo as sondagens, Milei lidera as intenções de votos. Na última sexta-feira (10), a Atlasintel, apontou que ele tinha 52,1% contra 47,9% de Massa. A margem de erro é de um ponto percentual. Vale lembrar que este é um cenário que pode representar uma possível virada: Massa liderou o primeiro turno, em 22 de outubro, com 36,69% dos votos e Milei ficou em segundo lugar, com 29,99%. Nas primárias argentinas, em agosto, que indicam os candidatos que podem disputar o primeiro turno, Milei havia sido o mais votado do país.
O que está em jogo
Opositores diretos, Massa e Milei representam dois projetos diferentes para a Argentina. Diante de uma realidade de crise (com falta de dólar no país, inflação de três dígitos e pobreza e desemprego galopante), os argentinos têm uma escolha difícil pela frente.
Sergio Massa: continuidade
Sergio Massa é o atual ministro da economia da Argentina. Foi colocado no cargo em setembro de 2021 pelo presidente Alberto Fernández e sua vice, Cristina Kirchner. Massa tinha a missão de tirar o país da crise. Porém, a inflação da Argentina fechou em 50,9% no ano de 2021. Desde então, só aumenta; encerrou 2022 em 94,8%. Agora, atinge o patamar de 142,7% ao ano.
Javier Milei: radicalismo
Apesar de ser deputado federal em seu primeiro mandato, Javier Milei é considerado um outsider da política. Em seu discurso, sempre inflamado, se coloca contra a “casta” dos políticos. Milei faz duras críticas a todos os seus opositores, aos governos brasileiro e chinês, que chama de ‘comunistas’, dispara ainda contra medidas econômicas e sociais da esquerda. Entre suas principais propostas, e também apontadas como mais difíceis de implementação, estão o fechamento do banco central argentino e a dolarização da economia da Argentina.
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