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Equipes de Milei e Massa são convocadas pela Câmara Nacional Eleitoral da Argentina

O encontro ocorreu após a campanha de Javier Milei, candidato da extrema-direita às eleições presidenciais argentinas, lançar dúvidas sobre a confiabilidade do processo eleitoral no país

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(Crédito: Perfil.com)

Representantes das campanhas de Sergio Massa e Javier Milei foram convocadas pela Câmara Nacional Eleitoral da Argentina para esclarecer informações após Milei lançar dúvidas sobre confiança da eleição que acontece neste domingo (19). O encontro foi organizado pela Câmara Nacional Eleitoral e aconteceu no centro de Buenos Aires. As autoridades eleitorais afirmaram que a iniciativa teve como objetivo “preservar a convivência democrática” no país que completa quatro décadas de democracia.

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Juan Manuel Olmos, representante da Unión por la Patria (coligação de Massa) foi o 1º a chegar. Em seguida, chegou Karina Milei, representante do La Libertad Avanza e irmã de Javier Milei. Ela foi ao local com os advogados Santiago Viola e Santiago Caputo. Segundo a imprensa local, eles se reuniram com os juízes Alberto Ricardo Dalla Via e Santiago Hernán Corcuera. A campanha de Javier Milei, candidato da extrema-direita às eleições presidenciais argentinas, lançou dúvidas sobre a confiabilidade do processo eleitoral no país. O entorno do candidato questionou o processo de contagem de votos e decidiu entregar menos cédulas que o indicado. É importante observar que a campanha de Milei não entregou nenhuma prova ou indício relacionado às  suspeitas.

Milei ficou em segundo lugar no primeiro turno, com 31,2% dos votos, atrás de Sergio Massa, candidato do governo peronista, que recebeu 38,1%. A diferença entre os dois candidatos é de apenas 7 pontos percentuais.

Sergio Massa descarta a hipótese de fraude. Para o ministro da Economia, o opositor usa a tática que ficou comum em candidaturas de direita que perderam eleições recentes, como Donald Trump, nos Estados Unidos, e Jair Bolsonaro, no Brasil.

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Em meio a essas dúvidas lançadas pela própria campanha, a coligação de Milei decidiu entregar menos cédulas para o segundo turno. Na Argentina, os papéis usados para a votação são fornecidos por cada candidatura. A Câmara Eleitoral sugere 350 cédulas para cada uma das 104.577 urnas. Assim, seria possível que, em tese, todos os 35 milhões de eleitores aptos pudessem votar em apenas um candidato. Mas a campanha de Milei optou, deliberadamente, por entregar volume menor. Relatos citam cerca de 100 cédulas por urna. O argumento é que as cédulas “poderiam ser roubadas” até o segundo turno.

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