Disputa à Presidência

Tudo sobre as eleições que acontecem na Argentina neste domingo

Neste domingo os argentinos elegem um novo presidente e renovam outros cargos. A votação será encerrada às 18h

(Crédito: Perfil.com)

Com quatro horas de votação, 30% dos eleitores argentinos já compareceram às urnas

Quatro horas após o começo da votação na Argentina, cerca de 30% dos eleitores já compareceram às urnas para escolher o próximo presidente do país. Esta foi a conclusão do balanço feito por Daniel Zovatto, do Instituto Idea Internacional, que observa eleições em toda a região.

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Eleitores de todo o país têm até as 18h pelo horário de Buenos Aires para votar. Diferentemente do Paso, as primárias argentinas, todos os votos serão registrados boletas, uma espécie de panfletos previamente impresso.

Por que regras facilitam vitória no 1º turno?

Em 1994 foram estabelecidas as regras das eleições na Argentina.  De lá para cá, houve sete eleições presidenciais, e em apenas uma houve votação no segundo turno.

A única vez que o presidente foi escolhido em uma votação de segundo turno foi em 2015, quando Maurício Macri, que havia ficado atrás de Daniel Scioli no primeiro turno, saiu vencedor.

O caso de 2003 foi diferente: os candidatos mais bem votados no primeiro turno daquele ano foram: Carlos Menem, com 24% e  Nestor Kirchner, com 22,24%. Em 1994  ficou determinado que há duas possibilidades de vitória em primeiro turno:  Se o candidato mais bem votado tiver 45% dos votos ou mais ou se o candidato mais bem votado tiver mais de 40% dos votos e, ao mesmo tempo, 10 pontos percentuais de vantagem sobre o segundo melhor candidato.

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Eleições na Argentina: Conheça os candidatos

Cinco candidatos disputam o primeiro turno das eleições da Argentina neste domingo (22). Em agosto, houve as primárias, que são obrigatórias para todas as coligações, consideradas uma espécie de ensaio para o que deve acontecer no primeiro turno. O resultado deste ano foi:

  • Javier Milei, deputado federal populista que se define como libertário, em primeiro, com 29,86%;
  • A coligação de Patricia Bullrich, ex-ministra de Segurança de Macri, em segundo com 28%;
  • A frente política de Sergio Massa, o atual ministro da Economia, em terceiro com 27,27%.

Participação dos eleitores no pleito

 

O Secretário de Desempenho da Câmara Nacional Eleitoral , Sebastián Schimmel, antecipou que a participação dos eleitores nas eleições gerais de 2023 será maior. No entanto, estima que não atingirá os níveis de 2019 . Por outro lado, ele garantiu que os resultados serão conhecidos antes de agosto.

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A participação na PASO foi de 70,4% e a expectativa é de crescimento, o que sempre acontece desde a PASO até às eleições gerais”, explicou Schimel e acrescentou que “provavelmente não atingirá o nível das eleições gerais de 2019”, eleições naquelas pago por 80,8% do cadastro.

 

Até que horas você pode votar?

Neste domingo, 22 de outubro, as eleições nacionais terão início às 8 da manhã e terminarão às 6 da tarde, enquanto os agentes de segurança e autoridades de mesa deverão comparecer entre meia hora e quinze minutos antes da abertura do local que é da sua responsabilidade. preparar a mesa, a sala escura e organizar as votações. Leia mais em Perfil.com

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Quais cargos estão na disputa das eleições?

Em âmbito nacional, os cidadãos votarão para ocupar os cargos de presidente, vice-presidente, 130 deputados e 24 senadores nacionais, e a nomeação de 43 representantes para o Parlasul, órgão legislativo do Mercosul.

Nas províncias, ocorrerá a eleição para cargos provinciais na Província de Buenos Aires, Cidade Autônoma de Buenos Aires, Catamarca e Entre Roos.

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Por fim, poderá ser escolhido o próximo presidente da Argentina ou quem serão os 2 candidatos que disputarão o segundo turno, que acontece no dia 19 de novembro. Leia mais em Perfil.com

Milei diz ser vítima de fraude; entenda o caso

Depois de Javier Milei, candidato à presidência da Argentina pelo partido A Liberdade Avança, ter insistido durante uma entrevista sobre a possibilidade de ser vítima de “fraude” nas eleições gerais deste domingo (22), a Justiça convocou o representante do partido, Santiago Viola, para prestar depoimento sobre as partes que lhe dizem respeito.Segundo informações do portal Perfil Argentina, Viola compareceu na sexta-feira (20) ao Ministério Público Federal nº 1 da Argentina, chefiado pelo procurador com foro eleitoral Ramiro González. Lá ele declarou que, do espaço do deputado libertário, acreditam que haveria “intenção de divulgar votos falsos” de seu espaço para “depois contestar os votos“.

Nesse sentido, disse que esses votos circulariam “em grandes quantidades” em vários distritos do país e esclareceu que não foram impressas pelo A Liberdade Avança. “Há diferenças mínimas e possivelmente imperceptíveis para o eleitor com as cédulas [de votos] já aprovadas pela Justiça Eleitoral”, explicou.

Santiago Viola falou também de um suposto “roubo de cédulas” durante as eleições da PASO de 13 de agosto, onde Milei foi o candidato mais votado, e citou uma preocupação com a possível “manipulação de dados no momento da contagem provisória”.

Leia mais em brasil.perfil.com

Veja o que disse o Ministro Fernando Haddad sobre Milei:

Argentinos pelo mundo

Mais de 35 milhões de argentinos estão aptos a votar nas eleições nacionais da Argentina neste domingo (22).

Eles vão escolher seu presidente, vice-presidente, 24 senadores e 130 deputados, além de 43 parlamentares do Mercosul.

Cerca de 20,5 mil moram no Brasil. Os países estrangeiros onde há mais argentinos com direito a voto são: Estados Unidos (90.382), Espanha (152.791), Brasil (20.530), Uruguai (18.149), Paraguai (17.783), Itália (17.356), Chile (16.482) e Israel (12.947).

Observadora

A vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, está na Argentina neste final de semana para participar como observadora das eleições que acontecem neste domingo (22).
Ela foi a convite da Câmara Nacional Eleitoral do país (CNE) e da Direção Nacional Argentina (DINE) para o Programa de Convidados Internacionais.
Cármen Lúcia está na Argentina para acompanhar votação (Crédito: Divulgação / TSE)

 

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