alegações

“Votações falsas” e “manipulação de dados”: representante do partido de Milei testemunhou sobre suspeitas de fraude

Citado pela Justiça Federal, Santiago Viola levantou suspeitas sobre a apuração final e questionou a transparência durante as eleições primárias

Depois de Milei insistir sobre a possibilidade de ser vítima de fraude nas eleições, o representante do partido precisou prestar depoimento.
(Crédito> Reprodução/Perfil Argentina)

Depois de Javier Milei, candidato à presidência da Argentina pelo partido A Liberdade Avança, ter insistido durante uma entrevista sobre a possibilidade de ser vítima de “fraude” nas eleições gerais deste domingo (22), a Justiça convocou o representante do partido, Santiago Viola, para prestar depoimento sobre as partes que lhe dizem respeito.

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Segundo informações do portal Perfil Argentina, Viola compareceu na sexta-feira (20) ao Ministério Público Federal nº 1 da Argentina, chefiado pelo procurador com foro eleitoral Ramiro González. Lá ele declarou que, do espaço do deputado libertário, acreditam que haveria “intenção de divulgar votos falsos” de seu espaço para “depois contestar os votos“.

Nesse sentido, disse que esses votos circulariam “em grandes quantidades” em vários distritos do país e esclareceu que não foram impressas pelo A Liberdade Avança. “Há diferenças mínimas e possivelmente imperceptíveis para o eleitor com as cédulas [de votos] já aprovadas pela Justiça Eleitoral”, explicou.

Santiago Viola falou também de um suposto “roubo de cédulas” durante as eleições da PASO de 13 de agosto, onde Milei foi o candidato mais votado, e citou uma preocupação com a possível “manipulação de dados no momento da contagem provisória”.

Dadas as diferentes declarações públicas sobre quem ‘cuida’ do voto de Milei, chama a nossa atenção o fato de que isso está sendo falado, visto que se alguém tem que cuidar do nosso voto, deve ser porque alguém quer tirá-lo de nós, ou roubá-lo“, acrescentou o representante durante sua declaração.

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Referindo-se a esta suposta situação nas primárias, Viola afirmou ainda que “houve divergências nas atas” dos seus procuradores e nos dados transferidos para a mesa eleitoral de cada distrito, ao mesmo tempo em que afirmou que ficaram sabendo de denúncias de “erros e votos rasgados” por meio de diversas fotos e vídeos que circularam.

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