A Ucrânia, através do chefe de gabinete da Presidência, Andriy Yermak, pediu ao Comitê Olímpico Internacional (COI), que proíba os atletas russos de participarem das Olimpíadas de Paris, em 2024.
Yermak usou como argumento os jogos de 1936, em Berlim, que fizeram parte da propaganda nazista na época: “Aqueles Jogos de 1936 são uma mancha na história do COI”. Como estratégia, ele traçou um paralelo do nazismo com a propaganda armamentista do atual presidente da Rússia, Vladimir Putin.
Segundo a CNN, a ideia foi trabalhada também em um artigo de opinião para a revista The Athletic: “A discriminação aberta do regime nazista contra judeus e outros não-arianos, já era de conhecimento público. Mas não resultou no cancelamento dos jogos. Nem causou nenhum escândalo político de alto nível.”
Em resposta, o COI disse que, embora proíba bandeiras, hinos e cores da Rússia e de Belarus: “Nenhum atleta deveria ser impedido de competir apenas por causa de seu passaporte […] Um caminho para a participação de atletas em competições sob condições estritas deve, portanto, ser mais explorado”.
Yermak disse que a ideia dos atletas participarem sob uma bandeira neutra é irrelevante: “Todos já sabem quem são e de onde vêm. Em 2014, todos também sabiam quem eram as forças especiais russas quando fingiram ser residentes de Donbass e da Crimeia durante sua anexação ilegal”.
“Para que a justiça funcione, tanto sua letra quanto seu espírito devem ser considerados. Para perverter a essência da justiça, basta simplesmente negligenciar o espírito, aderindo à letra. E é exatamente isso que o status neutro para os atletas dos estados agressores se trata. Qualquer país que apoia a ideia também está apoiando uma injustiça.” escreveu o chefe de gabinete.
Recentemente, a Rússia repercutiu uma série de vitórias no leste da Ucrânia. De acordo com a CNN, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tem pedido ajuda à comunidade internacional para frear o avanço russo. Tanto no campo físico, quanto no simbólico.
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