O vice-chanceler da Rússia, Andrei Rudenko, disse que o país não tem nenhuma intenção, “por enquanto”, de enviar tropas para as regiões separatistas do lesta da Ucrânia, cuja independência reconheceu na segunda-feira (21), mas que fará isso, se houver “uma ameaça”, declarou nesta terça-feira (22).
“A ajuda militar está prevista no acordo (com os separatistas), mas não vamos especular. Por enquanto, não vamos mandar ninguém para parte alguma”, disse. “Se houver uma ameaça, então, é claro, daremos nossa ajuda, segundo o acordo que foi ratificado”, acrescentou.
Segundo informações do UOL, o presidente russo Vladimir Putin, ontem sancionou dois decretos que pedem ao Ministério da Defesa que “as Forças Armadas russas assumam funções de manutenção da paz no território” das “repúblicas populares” de Donetsk e Lugansk. Com isso, soldados foram enviados ao local em “missão de paz”.
O Ocidente criticou a medida, e o Reino Unido já anunciou sanções contra a Rússia. Os Estados Unidos e a União Europeia estão planejando fazer o mesmo na data de hoje. Também foram aprovados, nesta terça-feira (22), pelo Parlamento dois acordos que criam a “base legal para a presença” nestes territórios de “unidades militares russas necessárias para a manutenção da paz na região e para garantir uma segurança duradoura das partes”.
Os textos também “estabelecem as obrigações das partes para garantir assistência mútua, se uma das partes for objeto de um ataque”, e “preveem uma proteção comum nas fronteiras”. A Rússia enviou há semanas cerca de 150 mil soldados para sua fronteira com a Ucrânia, aumentando as tensões de uma possível invasão ao país vizinho.
A Rússia não está pensando em cortar relações diplomáticas com a Ucrânia, disse o vice-chanceler russo Andrei Rudenko. “Não pensamos em tal decisão. Não é nossa escolha”. Segundo ele, “esta será a decisão de Kiev”.
— Café no Front (@cafenofront) February 22, 2022