Xi Jinping afirma a Biden que não tem interesse em fomentar conflito na Ucrânia

Para o líder chinês, a prioridade é evitar a morte de civis e continuar o diálogo

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O presidente chinês Xi Jinping ajusta sua jaqueta no início da sessão de encerramento da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC) no Grande Salão do Povo em 10 de março de 2022 em Pequim, China. (Crédito: Kevin Frayer/Getty Images)

O presidente chinês, Xi Jinping, disse em um telefonema ao americano, Joe Biden, nesta sexta-feira (17), que não tem interesse em se envolver na guerra da Ucrânia. “O conflito e os confrontos não são de interesse de ninguém. A paz e a segurança é o que a comunidade internacional deveria priorizar”, disse Xi em nota.

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Ainda de acordo com o governo chinês, Xi solicitou ao líder americano esforços para que o conflito termine o mais rápido possível. A prioridade, disse Xi à Biden, é continuar o diálogo, as negociações, evitar a morte de civis e prevenir uma crise humanitária.

Ele ainda recomendou que a Otan conversasse com a Rússia para resolver questões por trás da crise. Segundo a Casa Branca, a ligação entre os líderes dos dois países durou menos de 2 horas.

Tradução do post da Casa Branca no Twitter: ”O presidente Biden conversou hoje com o presidente Xi Jinping, da República Popular da China, sobre a invasão não provocada da Ucrânia pela Rússia.”

Entenda a invasão da Rússia na Ucrânia

O presidente Vladimir Putin ordenou uma invasão na Ucrânia, na quinta-feira (24). Desde então, o exército russo faz ofensivas por terra, ar e mar contra pontos estratégicos ucranianos, incluindo a capital Kiev e Kharkiv, segunda maior cidade do país.

Militares russos também conquistam terreno no sul da Ucrânia. Pelo menos uma cidade portuária, Kherson, já foi tomada por eles.

Um dos fatores que desencadeou o conflito foi a possibilidade da Ucrânia entrar na OTAN, aliança militar do Ocidente. Uma das demandas da Rússia nas negociações sobre a guerra é que a Ucrânia se comprometa a nunca entrar na OTAN e na União Europeia. Moscou também exige que Kiev reconheça a independência das regiões separatistas de Donetsk e Luhansk, no leste ucraniano, e que a Crimeia faz parte da Rússia.

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Putin argumenta que está realizando uma “operação especial” para proteger os russos que vivem em território ucraniano. Ao mesmo tempo, Putin também diz que a Ucrânia está sob controle estrangeiro e que não merece ser um país independente.

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