GUERRA NA UCRÂNIA

Zelensky diz que Rússia prepara nova mobilização em grande escala

Apesar dos rumores, as autoridades russas negam a necessidade de mais convocações.

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Presidente ucraniano afirma que Moscou planeja uma grande ofensiva (Crédito: Alexey Furman/ Getty Images)

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que a Rússia planeja uma nova mobilização em grande escala. Em declaração na última terça-feira (3), o chefe de estado disse que uma grande ofensiva deve ser lançada, apesar de os russos já terem negado a mobilização de mais tropas.

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Ao mesmo tempo, a Ucrânia declarou que foi atingida por 18 ataques aéreos e mais de 85 ataques de sistemas de foguete de múltiplo ataque da Rússia nas últimas 24 horas. Os alvos foram estruturas de civis em três cidades, Kramatorsk, Zaporizhzhia e Kherson.

Zelensky revelou que tomou conhecimento das novas ações no contexto de conversas com primeiros-ministros do Canadá, Holanda, Grã-Bretanha e Noruega por telefone no dia 3 de janeiro.

“Não temos dúvidas de que os atuais senhores da Rússia abandonarão tudo o que lhes resta e todos que puderem reunir para tentar virar o jogo na guerra e pelo menos adiar sua derrota. Devemos frustrar esse cenário russo. […] Qualquer tentativa de sua nova ofensiva deve falhar”, foi a declaração do ucraniano.

O tipo, quando devem começar ou qualquer outro detalhe desta mobilização não foram revelados. O ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksiy Reznikov, disse que autoridades russas declarariam a lei marcial além de iniciar uma nova onda de mobilização e fechar as fronteiras para homens. O chefe do maior departamento de inteligência do Ministério da Defesa do país, Kirill Budanov, disse que a mobilização deveria começar em 5 de janeiro. Ambos deixaram de dar explicações sobre a origem de suas informações.

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O Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia informou, no relatório de 31 de dezembro, que dados revelam listas de pessoas que podem ser recrutadas para mobilização em janeiro de 2023 formadas na Crimeia, território controlado pela Rússia.

Mais de 300 mil cidadãos russos foram convocados para treinamento e enviados para batalha em setembro do ano passado, quando a primeira onda de mobilização para a guerra foi anunciada pelo presidente Vladimir Putin. Militares na reserva e os que serviram nas Forças armadas foram chamados para combate.

Apesar das declarações dos ucranianos, o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, anunciou a conclusão da mobilização parcial em 28 de outubro. Não foi publicado um decreto oficial de Putin sobre a conclusão, no entanto as autoridades e o próprio presidente, em 9 de dezembro, já negaram a necessidade de novos processos de convocação para a guerra.

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Andrey Gurulev, deputado da Câmara baixa do parlamento russo, disse que não existem pré-requisitos para uma nova mobilização por, pelo menos, seis meses.

“Não há pré-requisitos e condições para isso. Mesmo aqueles que foram mobilizados anteriormente ainda não estão totalmente comprometidos com a batalha. Bem, nossa indústria também deve atingir esses marcos quando for capaz de fornecer a próxima onda de mobilização. Minha opinião é que é simplesmente ineficiente fazer isso nos próximos seis meses”, resaltou.

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