A banda Pink Floyd divulgou que arrecadou cerca de 500 mil libras para os afetados pela guerra na Ucrânia com o single beneficente “Hey hey rise up”. O grupo, hoje composto apenas por David Gilmour, guitarrista e vocalista, e Nick Mason, baterista, divulgou a informação no último sábado (24), véspera de natal.
Depois de quase três décadas, a dupla resolveu se mobilizar e usar a música como forma de demonstração de solidariedade em prol das pessoas prejudicadas pela invasão da Rússia à Ucrânia. Gilmour tem família ucraniana e já havia se manifestado contra a guerra.
Ao contar sobre a inspiração, o vocalista do Pink Floyd ainda falou sobre seus sentimentos em relação ao momento vivido pela Ucrânia. “Nós, como tantos, temos sentido a fúria e a frustração deste ato vil de um país democrático independente e pacífico sendo invadido e tendo seu povo assassinado por uma das maiores potências do mundo. Queremos expressar nosso apoio à Ucrânia e, dessa forma, mostrar que a maior parte do mundo pensa que é totalmente errado uma superpotência invadir a Ucrânia”, afirmou.
Os lucros do lançamento digital, assim como das edições físicas de CD e vinil de sete polegadas assim como prensagens colecionáveis foram revertidos para a caridade. No sábado eles confirmaram o valor significativo de meio milhão de libras. O valor de 50 mil libras foi doado pelos integrantes da banda, enquanto os outros 450 mil foram arrecadados por meio das vendas.
Eles também revelaram que cinco instituições de caridade humanitária serão agraciadas. As escolhidas foram a Hospitallers, The Kharkiv And Przemyśl Project, Vostok SOS, Kyiv Volunteer e Livyj Bereh. Além de suas próprias doações, eles incentivaram os fãs a se solidarizarem com a situação da Ucrânia e também fazerem doações.
“Vamos ver o que mais podemos fazer neste inverno… seria ótimo se você se sentisse capaz de contribuir diretamente para qualquer uma dessas instituições de caridade”, pediram.
O ex-integrante e líder da banda, Roger Waters, também ganhou notoriedade por suas opiniões sobre a guerra. Em entrevista à CNN ele insinuou que o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky também teve sua parcela de culpa pelo início do conflito.
Além das declarações, Waters chegou a encaminhar uma carta para a primeira-dama Olena Zelenska pedindo que ajudasse a persuadir o presidente da Ucrânia a negociar um cessar-fogo. Ao mesmo tempo, ele fez outra carta de mesmo cunho endereçada ao presidente russo Vladimir Putin.
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