Moscou

Apesar das ameaças, apoiadores se reúnem no funeral de Navalny

A equipe do ativista informou que familiares tentaram recolher o corpo do político no necrotério, mas não receberam autorização

Kremlin emitiu um alerta, declarando que todos aqueles que participarem de manifestações não autorizadas durante o funeral do líder opositor
Ativista russo morreu em 16 de fevereiro – Crédito: Getty Images

Nesta sexta-feira (1º), o Kremlin emitiu um alerta, declarando que todos aqueles que participarem de manifestações não autorizadas durante o funeral do líder opositor russo Alexei Navalny serão punidos. Ele faleceu na prisão há duas semanas em circunstâncias não esclarecidas.

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Segundo a rede americana CNN, o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, afirmou durante sua coletiva de imprensa diária que qualquer reunião não autorizada constituirá uma violação da lei, reforçando a necessidade de seguir a legislação vigente.

Peskov se absteve de comentar sobre a figura política de Navalny e de enviar mensagens à família do opositor, durante a coletiva de imprensa. Enquanto isso, milhares de pessoas se reuniram em frente à igreja em Moscou, onde ocorrerá a cerimônia de despedida do líder opositor.

Entre as personalidades presentes no funeral está Yevgeny Roizman, ex-prefeito de Ecaterimburgo, além da expectativa da chegada de Boris Nadezhdin, candidato à presidência russa recentemente vetado pela Comissão Eleitoral.

A equipe de Navalny informou que familiares tentaram recolher o corpo do político no necrotério, mas não receberam autorização. Posteriormente, foi relatado que o carro funerário já estava a caminho da igreja.

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Alexei Navalny, que sobreviveu a um envenenamento atribuído às autoridades russas, retornou à Rússia em 2021 após exílio na Alemanha e foi detido ao chegar, sendo condenado em 2022 a nove anos de prisão por fraude e desacato aos tribunais russos. Sua morte, anunciada em 16 de fevereiro, provocou acusações diretas contra o presidente Vladimir Putin, por parte de amigos, familiares e correligionários de Navalny, que consideram o ocorrido um “assassinato“.

*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini

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