O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) demonstrou entusiasmo com o anúncio do CEO da Meta, Mark Zuckerberg, sobre o fim do sistema de verificação de fatos realizado por terceiros nos Estados Unidos. A declaração ocorreu durante uma live para o portal AuriVerde Brasil, nesta quarta-feira (22).
“Que alegria de ver o Zuck, não é meu amigo, não que eu não conversei com ele, mas que alegria de ver o Zuckerberg vir pro nosso lado, ir pro lado do Elon Musk, entre outros”, afirmou Bolsonaro ao comentar a medida.
Zuckerberg justificou a decisão em um vídeo publicado no início de janeiro, explicando que o objetivo é evitar erros que levam à remoção de conteúdos e perfis de usuários. Ele também destacou que as novas diretrizes têm como foco a “liberdade de expressão” e a simplificação das políticas da plataforma.
Como o governo brasileiro reagiu às mudanças da Meta?
No Brasil, a Advocacia-Geral da União (AGU) questionou as implicações da mudança no programa de checagem de fatos da Meta. Em um comunicado, a instituição alertou para possíveis “consequências nefastas” caso o programa seja descontinuado globalmente.
Segundo a AGU, as big techs têm responsabilidade em garantir a integridade do ambiente informacional e devem adotar medidas que minimizem os impactos negativos aos usuários. A entidade argumentou que as ações da Meta contrariam compromissos assumidos pela empresa em discussões sobre o Marco Civil da Internet no Supremo Tribunal Federal (STF).
Em resposta, a Meta afirmou que o programa de verificação de fatos será descontinuado apenas nos Estados Unidos e que, no Brasil, a checagem de conteúdo continuará funcionando normalmente.
A decisão gerou debates tanto entre políticos quanto entre especialistas em governança digital, com questionamentos sobre o equilíbrio entre liberdade de expressão e combate à desinformação.
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