geopolítica

Como o presidente Lula reagiu ao conflito entre Israel e Irã?

Político se mostrou insatisfeito com a atuação do Conselho de Segurança da ONU

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Lula durante discurso de abertura em Assembleia Geral da ONU – Créditos: Getty Images

Em meio a um cenário internacional turbulento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou sua insatisfação com a atuação do Conselho de Segurança da ONU. Ele considerou “inexplicável” que o órgão não tenha a autoridade necessária para intermediar conversações de paz entre Israel e seus adversários. Durante um evento na Cidade do México, Lula reafirmou sua preocupação com a incapacidade do conselho em exercer influência suficiente sobre o governo israelense, sugerindo que, ao invés de incentivar diálogos, o órgão tem se omitido diante da violência.

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As declarações de Lula foram feitas em um evento que ocorreu no dia 1º de outubro de 2024, enquanto ele participava da cerimônia de posse da nova presidente do México, Cláudia Sheinbaum. O líder brasileiro também destacou a importância das operações de resgate que seu governo está organizando para retirar cidadãos brasileiros de áreas de conflito, como o Líbano, comprometendo-se a repatriar todos os cidadãos que precisarem de assistência.

Conselho de Segurança da ONU: ineficaz ou mal representado?

Durante seu discurso recente em Nova York, na abertura da Cúpula do Futuro da ONU, Lula não poupou críticas à estrutura atual do Conselho de Segurança. Segundo ele, muitos órgãos internacionais têm perdido credibilidade, principalmente devido à aplicação de padrões duplos e à omissão em face de atrocidades. Para Lula, a pandemia e outros conflitos globais só evidenciaram as limitações dessas instâncias multilaterais.

Lula destacou a necessidade de reformar a composição do Conselho de Segurança, uma reivindicação antiga que já fez parte de sua agenda política em mandatos anteriores. Ele argumenta que o Sul Global não tem a representação condizente com seu peso político atual, e que mudanças são necessárias para restaurar a legitimidade do conselho.

Por que a reforma do Conselho de Segurança é tão urgente para Lula?

Desde sua criação, o Conselho de Segurança consiste em quinze membros, dos quais cinco são permanentes: Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e França. Esses países, conhecidos como P5, possuem poder de veto sobre as decisões, conferindo-lhes um controle desproporcional sobre assuntos cruciais de segurança internacional.

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Os esforços de Lula quanto à reforma do conselho refletem um desejo de tornar o sistema internacional mais equitativo e representativo. Ele argumenta que o atual formato perpetua desigualdades e favorece decisões enviesadas, que frequentemente ignoram as vozes de nações em desenvolvimento.

Qual o impacto das omissões da ONU na política global?

A omissão do Conselho de Segurança em diversos conflitos e crises globais tem implicações significativas. Primeiramente, enfraquece a autoridade da ONU e questiona sua capacidade de manter a paz e a segurança internacionais. Além disso, a falta de ação efetiva pode agravar crises, aumentar o sofrimento humano e frustrar tentativas de mediação pacífica por países interessados.

  • Representatividade desigual no Conselho de Segurança
  • Poder de veto dos P5 como obstáculo para decisões imparciais
  • Consequências de uma ONU enfraquecida na política global

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