AUDIÊNCIA PÚBLICA

Condições de saúde de profissionais da comunicação se agravam, aponta debate no Senado

Estudos apresentados por especialistas indicam um aumento no número de casos de estresse, síndrome de burnout e outros problemas psicológicos entre estes profissionais

Condições de saúde de profissionais da comunicação se agravam, aponta debate no Senado
Condições de saúde de profissionais da comunicação se agravam – Crédito: Canva

Uma audiência pública promovida pelo Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional nesta segunda-feira (1º) debateu a condição de saúde física e metal dos profissionais de comunicação. Os relatos apresentados revelam uma realidade de pressão intensa e jornadas exaustivas, além de apontar a necessidade urgente de revisão das normas trabalhistas para o setor.

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As falas durante a audiência destacaram a crescente precarização do setor. Frequentemente, jornalistas e radialistas se veem obrigados a cumprir demandas que ultrapassam o humanamente razoável, impactando diretamente seu bem-estar.

No encontro do CCS, foi relatado que muitos profissionais atuam sob circunstâncias irregulares, como freelancers ou sob contratos que não oferecem os benefícios típicos de um registro em regime CLT. Além disso, jornadas que ultrapassam as 14 horas diárias são comuns, especialmente em períodos de fechamento de edições ou coberturas especiais.

Impactos na saúde mental

Estudos apresentados por especialistas em segurança do trabalho e saúde, como a jornalista Cristiane Reimberg, indicam um aumento no número de casos de estresse, síndrome de burnout e outros problemas psicológicos entre estes profissionais. A constante pressão por resultados e a falta de reconhecimento são fatores que contribuem decisivamente para essa situação.

Organização do trabalho

A chamada “plataformização” do trabalho e a terceirização dos serviços são algumas das características marcantes do setor nas últimas décadas, que contribuem para a deterioração das condições de trabalho. Isso acarreta em horários improdutivos e uma sensação de constante exigência, afetando não apenas a saúde física, mas principalmente a mental dos envolvidos.

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O Dr. Hélio Neves, médico sanitarista, aponta que mesmo mudanças aparentemente positivas, como a adoção do home office, podem esconder armadilhas significativas para a saúde mental dos trabalhadores, dependendo da natureza de suas tarefas e da flexibilidade de seus empregadores.

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