Mais de três quartos dos 99 jornalistas e funcionários da imprensa que perderam a vida em 2023 morreram na guerra travada por Israel na Faixa de Gaza. Os dados são do relatório publicado pelo Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ).
Ao todo, 72 jornalistas, a maioria palestinos, morreram sob os bombardeios israelenses em Gaza. A eles se somam três jornalistas libaneses e dois israelenses.
CPJ documented 99 journalists and media workers killed worldwide in 2023 — more than three quarters of whom died in the Israel-Gaza war.
This 2023 global total is the highest since 2015 and an almost 44% increase from 2022.
Read more in CPJ’s report on journalists killed in… pic.twitter.com/q4Z4WTNj98
— Committee to Protect Journalists (@pressfreedom) February 15, 2024
A organização ressalta que o conflito tirou mais vidas do que em um ano em um país inteiro. “Cada jornalista morto é mais um golpe em nossa compreensão de mundo“, lamenta a diretora-executiva do CPJ, Jodie Ginsberg.
O CPJ já chegou a denunciar o que parece ser uma “perseguição” das forças israelenses contra jornalistas. A organização investiga se 12 dos mortos em Gaza foram deliberadamente atacados por seus soldados, o que constituiria “um crime de guerra“.
Em um relatório publicado em maio de 2023, a organização acusou o Exército israelense de assassinar pelo menos 20 jornalistas em 22 anos, “sem que ninguém fosse responsabilizado“.
Em dezembro, o CPJ também anunciou que Israel entrou pela primeira vez na lista de países com maior número de jornalistas presos, com 17 casos em 1º de dezembro de 2023.