TRANSFERÊNCIAS ESPECIAIS

Em ano de eleições municipais, parlamentares batem recorde de ‘emendas PIX’; saiba mais

O valor alcança R$ 8,2 bilhões e corresponde a um terço dos R$ 25,1 bilhões que os deputados e senadores têm direito dentro das emendas individuais

Em ano de eleições municipais, parlamentares batem recorde de 'emendas PIX'; saiba mais
Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa – Crédito: Jeferson Rudy/Agência Senado

Em ano de eleições municipais, o valor destinado por parlamentares para as chamadas “emendas PIX” alcança um recorde: R$ 8,2 bilhões, que correspondem a um terço dos R$ 25,1 bilhões que os deputados e senadores têm direito dentro das emendas individuais, que são impositivas, ou seja, obrigatórias.

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As emendas individuais de transferência especial, termo técnico das emendas PIX, foram a modalidade preferida pelos parlamentares. De modo obrigatório, a metade, ao menos, dos valores devem ter como destino a saúde; os outros 50% são de livre arbítrio do parlamentar.

No Orçamento deste ano, os deputados e os senadores injetaram R$ 13 bilhões na saúde. Dos R$ 12,1 bilhões restantes, 68% vão para estados, municípios e para o Distrito Federal pelas transferências especiais. A opção pelas emendas PIX superou, por exemplo, investimentos em áreas como desenvolvimento social, educação, esporte e cultura.

O envio de verbas para a área de desenvolvimento social alcança o valor de R$ 657 milhões, o que significa 12 vezes menos do que os parlamentares encaminharam via transferência especial para estados e municípios.

Confira abaixo os valores das emendas por área:

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  • saúde: R$ 13.030.326.203 (valor obrigatório)
  • transferências especiais: R$ 8.151.617.074
  • desenvolvimento social: R$ 657.430.496
  • educação: R$ 628.672.443
  • esporte: R$ 495.197.552
  • integração nacional: R$ 355.918.987
  • cultura: R$ 303.056.086

Esse apelido “emenda PIX” se deve ao fato de a emenda deixar a conta da União e cair diretamente na conta de prefeituras e governos estaduais, como se fosse um PIX e também são conhecidas como “emendas cheque em branco”, em referência à dificuldade de rastrear a finalidade do dinheiro.

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