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“Faltaram recursos”, diz líder do MST sobre o ano de 2023

No vídeo, Stédile, menciona o “pior ano da história” para o movimento, em relação às famílias assentadas

O líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile publicou uma mensagem de fim de ano para os simpatizantes da causa. No vídeo, Stédile, menciona o “pior ano da história” para o movimento, em relação às famílias assentadas.
Líder publicou um vídeo no YouTube – Créditos: Movimento Sem Terra/Reprodução

O líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile publicou uma mensagem de fim de ano para os simpatizantes da causa. No vídeo, Stédile, menciona o “pior ano da história” para o movimento, em relação às famílias assentadas.

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O militante mencionou a “vitória eleitoral” no começo do ano contra as “ideias fascistas”. Mesmo passando-se pelo primeiro ano do governo Lula, o líder atribuiu a escassez de recursos aos orçamentos da gestão passada, de Jair Bolsonaro, que era abertamente avesso ao movimento.

1/2 pic.twitter.com/nGxxKdtZl0

— MST Oficial (@MST_Oficial) December 22, 2023

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Embates

Mesmo com o apoio e isenção de culpa do líder a Lula, o MST teve um ano de críticas e embates com a gestão do presidente, assim como governadores petistas. Em outubro, no Dia Mundial da Alimentação, manifestantes da causa protestaram em diversas capitais contra a “lentidão, falta de orçamento e incapacidade”.

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“Até o momento, não houve nenhuma política de assentamento realizada no estado de São Paulo, tampouco a destinação de créditos ou contratos de compra de alimentos por parte do governo via Conab, o que gera um descontentamento em nossa base social que se empenhou arduamente em todo o território nacional para eleger este governo”, aponta o MST em um texto publicado em seu site.

MST x Agro

O Rio Grande do Norte, governado pela petista Fátima Bezerra, foi o maior alvo de apropriações de terras pelo MST, com nove territórios. A govenadora, que demonstrou apoio ao movimento na CPI do MST, no fim de setembro, foi duramente cobrada pelos militantes por mais investimentos à reforma agrária. Do outro lado, representantes do agronegócio também demonstraram sua insatisfação com a gestão de Fátima, muito devido à manutenção do ICMS em 20%, o que afeta o setor.

O sentimento é parecido na Bahia. Durante o abril vermelho, período de grande atividade do MST, protestantes contra as visões do governador Jerônimo Rodrigues ocuparam três territórios. Entretanto, quando a Secretaria de Agricultura do estado cancelou a Feira Nacional de Agropecuária, a relação com o agronegócio desgastou-se.

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“Se alguém tinha alguma dúvida sobre a falta de comprometimento do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, com o agronegócio, agora ficou clara a posição dele. A Fenagro não será realizada este ano e deixará de movimentar no estado mais R$ 100 milhões em negócios”, disse o deputado Capitão Alden (PL).

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