operação Lesa Pátria

Flávio Bolsonaro defende Carlos Jordy e critica Moraes

O senador do PL fluminense diz que se trata de “óbvia perseguição política combinada com sorriso de vingança no canto da boca”

Parlamentares apoiadores de Bolsonaro usaram suas redes sociais para defender o deputado federal Carlos Jordy, alvo da operação Lesa Pátria.
Filho de Bolsonaro condenou busca feita pela PF contra aliado político: “Quem não sabe conviver com as diferenças não está preparado para viver em democracia” – Crédito: Reprodução

Parlamentares apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro usaram suas redes sociais para defender o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ), alvo da operação Lesa Pátria nesta quinta-feira (18). Entre os nomes que demonstraram apoio ao político está o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que também direcionou suas críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

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“A postura de Alexandre de Moraes no TSE foi o principal fator que levou ao 8 de Janeiro. Presidência bélica, incompatível com ‘gestos’. E sua condução nesses inquéritos ilegais e sem fim é de dar inveja até naquele Moro imaginário da esquerda. Essa é minha opinião”, afirmou Flávio Bolsonaro.

Para o senador, Carlos Jordy está sendo vítima de uma perseguição política. Ele é investigado na operação Lesa Pátria, que busca identificar autores e incentivadores das invasões às sedes dos Três Poderes.

Na postagem nas redes em defesa de Jordy, Flávio acrescentou que “a forma como essa investigação está sendo conduzida é muito mais lesa pátria que o próprio 8 de janeiro. A continuidade dela, além de autoritarismo e arrogância, é o mesmo que querer culpar a mulher que foi estuprada, ou seja, quem defende a democracia passou a ser o errado”

O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro chamou a busca feita pela PF contra o aliado político de “óbvia perseguição política combinada com sorriso de vingança no canto da boca”. Ele afirmou também que “quem não sabe conviver com as diferenças não está preparado para viver em democracia”

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Os deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG), Bia Kicis (PL-DF) e Ubiratan Sanderson (PL-RS), que preside a Comissão de Segurança Pública na Câmara, também defenderam o colega. 

Nikolas Ferreria repostou o vídeo de Jordy, gravado após a operação da PF nesta manhã, e escreveu apenas uma palavra: “ditadura”. A deputada federal Bia Kicis disse que o caso é “um absurdo sem tamanho”, e declarou que o bolsonarista teve sua casa e gabinetes “invadidos”. Ela lembrou ainda que Jordy é pré-candidato a prefeito de Niterói, cidade da região metropolitana do Rio de Janeiro, e o definiu como “líder dedicado”.

Já Ubiratan Sanderson disse: “Lesa Pátria é a omissão do parlamento brasileiro, que há quatro anos permite as intermináveis covardias e abusos de ministros do STF”. O bolsonarista Paulo Bilynsky também prestou solidariedade ao colega de Casa, assim como Hélio Lopes e o gaúcho Mauricio Marcon (Podemos-RS).

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O deputado cassado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) criticou o ministro Alexandre de Moraes e afirmou que essa operação ocorre depois de duras críticas “pelo fato de que o STF não tem competência para julgar os réus do 8 de janeiro, sem foro privilegiado”.

E ainda criticou o ministro: “A medida é bastante grave e foi tomada contra o líder da oposição na Câmara, um dos principais críticos do STF. Na democracia inabalada de Lula e do STF, isso será visto com normalidade? Se Moraes era alvo do 8 de janeiro e Jordy é um de seus principais críticos, tem isenção para decidir?”

A Polícia Federal (PF) concluiu, por volta das 9h30 desta quinta-feira (18), as buscas no gabinete do deputado federal Carlos Jordy. Líder da oposição na Câmara dos Deputados, Jordy é alvo de investigações da nova fase da Operação Lesa Pátria, que apura a participação de financiadores e executores dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.

* Matéria publicada sob supervisão de Ricardo Parra.

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