APOIADOR DE BOLSONARO

Homem que matou casal em briga política é condenado a 51 anos de prisão

Erick Hiromi Dias foi considerado culpado por porte ilegal de arma de fogo, disparo de arma de fogo e dois homicídios qualificados

Um homem foi condenado pelo Tribunal do Júri em Iporã, no noroeste do Paraná, por atirar contra diversas pessoas durante uma discussão política após as eleições de 2022, resultando na morte de duas vítimas.
Erick Hiromi Dias foi condenado a mais de 51 anos de prisão por matar casal em briga política após vitória de Lula – Crédito: Reprodução

Um homem foi condenado pelo Tribunal do Júri em Iporã, no noroeste do Paraná, por atirar contra diversas pessoas durante uma discussão política após as eleições de 2022, resultando na morte de duas vítimas. Erick Hiromi Dias foi considerado culpado por porte ilegal de arma de fogo, disparo de arma de fogo e dois homicídios qualificados. A informação é do g1.

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A pena estabelecida foi de 51 anos, 7 meses e 15 dias de prisão. O incidente ocorreu em Cafezal do Sul, durante a celebração de apoiadores de Luiz Inácio Lula da Silva, que venceu a eleição, em uma rua da cidade. O réu, que apoia o ex-presidente Jair Bolsonaro, discutiu por questões políticas e disparou contra as pessoas presentes.

O julgamento ocorreu nesta terça-feira (17). O advogado de defesa alegou que o réu, que faz uso de medicamento controlado para transtorno bipolar e depressão, não estava totalmente consciente. A defesa pretende recorrer, argumentando que a pena foi excessivamente alta.

Briga por política

O Ministério Público relatou que as vítimas foram baleadas devido a divergências políticas. Uma delas, Rosineide da Silva, foi baleada no pescoço “por tentar acionar o serviço policial para cessar as atividades criminosas praticadas pelo denunciado”, informou o órgão. A outra pessoa que morreu, José Wellington Lima Barros, foi atingido no peito.

Rosineide morreu enquanto era levada ao hospital. Wellington, que vestia uma camisa e usava uma bandeira com imagens de Lula, morreu após ficar um período internado.

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Depois de atirar contra os apoiadores, o homem fugiu para Campo Mourão, onde foi preso pela Polícia Militar (PM) após se hospedar em um hotel.

Erick tinha registro de Colecionador, Atirador e Caçador (CAC), mas segundo a acusação, isso “não lhe autoriza legalmente a portar a arma de fogo de forma irrestrita, mas apenas durante o trajeto entre o clube de tiro e o local cadastrado para guarda da arma“.

*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini

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