O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou, nesta terça-feira (12), que caso vença as eleições em outubro, ele tem a intenção de manter o Auxílio Brasil de R$600 reais. Em entrevista para o jornal Correio Braziliense, ele disse que: “Eu quero manter [o valor]. O PT queria que o auxílio fosse de R$ 600 já em 2020″.
Lula também fez críticas ao atual presidente Jair Bolsonaro (PL), alegando que ele criou uma série de benefícios que acabam em dezembro. “Bolsonaro que fez uma coisa engraçada: criou uma série de benefícios em período eleitoral que duram até dezembro. Depois disso, vale a palavra do Bolsonaro, que não vale nada, como o mundo sabe, porque todo mundo sabe que ele é um mentiroso”, disse Lula. No entanto, Bolsonaro explicou no final de junho que o aumento do auxílio era uma forma de “atender a todos” e uma resposta do governo ao “sofrimento dos mais humildes”.
A reportagem publicada pelo Correio Braziliense, mostrou o posicionamento de Lula em relação a possibilidade de os benefícios criarem uma “bomba fiscal de R$ 41 bilhões” para o próximo governo. O petista afirma que governou durante oito anos com “responsabilidade fiscal, social, econômica” e voltou a criticar o teto de gastos. “Em nenhum país existe esse teto. Nem no Brasil, onde a toda hora se cria uma exceção ao teto. O maior problema de teto no Brasil são as milhares de famílias que viraram sem teto nas grandes cidades, morando nas ruas. Esse é o teto que me preocupa”, disse ele.
Para finalizar, Lula afirma que irá conversar sobre o “orçamento secreto” com o novo Congresso formado pelas urnas em 2022. “Eu quero que o país tenha um orçamento participativo, com as pessoas podendo participar pela internet, opinar no destino dos recursos dos seus impostos”, defendeu.
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