DE SAÍDA

Mara Gabrilli deixa PSDB e diz que partido virou “nanico moral”

Antes de sair do PSDB, ela conversou com Fernando Henrique Cardoso e também com José Serra, com quem começou na vida pública quando ele era prefeito de São Paulo.

Mara Gabrilli deixa PSDB e diz que partido virou "nanico moral"
Senadora Mara Gabrilli (crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A senadora Mara Gabrilli deixou o PSDB e fará parte do PSD, após receber o convite de Gilberto Kassab. Durante uma entrevista, a senadora disse que o PSDB virou um “nanico moral” e que o partido, conta hoje, com bancadas irrisórias perto do que já teve no passado.

Publicidade

Gabrilli deixa o PSDB após 19 anos de militância pela sigla: “Nunca nem pensei em me filiar a outro, sempre fui do PSDB. Todas as minhas inspirações não estão mais próximas do cotidiano do partido”, disse a senadora para a Folha de S. Paulo, neste domingo (29).

Com 55 anos, ela integra agora a maior bancada no Senado, que com a adição dela e de Eliziane Gama (Cidadania-MA) chega a 15 nomes e ultrapassa o PL, que tem 13 senadores. Apesar da troca, a senadora disse que ainda tem muitos sentimentos contraditórios: “Continuo me sentindo tucana”, afirmou.

Antes de sair do PSDB, ela conversou com Fernando Henrique Cardoso,  com o senador Tasso Jereissati (CE), à ex-governadora Yeda Crusius (RS) e também com José Serra, com quem começou na vida pública quando ele era prefeito de São Paulo. Ao que tudo indica, a saída de Gabrilli foi amigável.

Gabrilli tem um relacionamento de longa data com Kassab. Durante o mandato dele como prefeito de São Paulo, ela foi secretária para pessoas com deficiência na prefeitura paulistana — a senadora ficou tetraplégica em um acidente em 1994.

Publicidade

Candidata a vice-presidente na chapa de Simone Tebet (MDB), que teve 4% dos votos em 2022, Gabrilli não vê contradição no histórico de desavenças que tem com o PT e com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva — na campanha, a Justiça Eleitoral tirou do ar uma entrevista na qual ela dizia que o petista tinha pago para evitar que o associassem ao assassinato do prefeito de Santo André Celso Daniel, em 2002.

À reportagem, ela criticou o inchaço do ministério de 23 para 37 pastas, ainda que parte disso tenha ocorrido para justamente abarcar o PSD que agora integra: “Lula começou errando. E, se muito me agradou a criação das pastas de mulheres e de indígenas, ele reduziu os quadros da secretaria que cuida de pessoas com deficiência à metade”, disse.

SAIBA MAIS SOBRE A SENADORA

O Perfil Brasil entrevistou recentemente a senadora Mara Gabrilli que contou sobre seus principais projetos para o futuro na política. Confira na íntegra:

Publicidade

Siga a gente no Google Notícias

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber grátis o Menu Executivo Perfil Brasil, com todo conteúdo, análises e a cobertura mais completa.

Grátis em sua caixa de entrada. Pode cancelar quando quiser.