A Justiça Eleitoral determinou a cassação do deputado federal Marcelo Crivella (Republicanos-RJ) e a aplicação de multa de R$ 433 mil. A decisão é da juíza Márcia Santos Capanema de Souza. A defesa de Crivella vai recorrer.
A decisão acontece no âmbito da ação movida pela coligação “É a vez do povo!”, formada pelo PT com o PCdoB, na disputa pela Prefeitura do Rio de Janeiro em 2020.
O ex-prefeito do Rio (2017-2020) é acusado de montar esquema naquele ano para impedir reportagens sobre a saúde no Rio: o caso ficou conhecido como “Guardiões do Crivella”. Além de Crivella, também foi condenado o seu assessor especial Marcos Luciano.
“Guardiões do Crivella” era um grupo organizado, ainda quando Crivella chefiava o executivo municipal, para impedir reportagens sobre a situação dos hospitais da gestão municipal durante o pico dos casos de Covid-19. O então prefeito é acusado de abuso de autoridade em campanha eleitoral, pois usou servidores públicos municipais para montar essas equipes.
A magistrada também determinou que o ex-prefeito fique inelegível nos oito anos subsequentes à eleição municipal de 2020. Com a decisão, ele só poderia concorrer a cargos púlicos nas eleições gerais de 2030.
Crivella é bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD). Após a decisão da justiça, o ex-prefeito se manifestou. “O tal grupo da internet Guardiões do Crivella, que não fui criador ou administrador e nunca sequer fiz uma postagem, são como tantos outros que a favor ou contra começam e acabam por si mesmos. Um prefeito não tem controle sobre isso”, disse Crivella, ao Metrópoles. O ex-prefeito adiantou que trata-se de uma decisão de 1º grau e, dessa forma, ainda cabem recursos.
Ensurdecedor o silêncio do Malafaia, Damares, Michelle, Magno Malta e Marco Feliciano sobre a cassação do mandato, multa e inegibilidade do Marcelo Crivella. Se fosse político ‘comunista’ estariam nas redes sociais esbravejando, mas como é do grupo deles finge que não viram.
— Pedro Ronchi (@PedroRonchi2) May 28, 2023