ARTE E EMPREGABILIDADE EM PAUTA

Marilia Marton: “Há uma cadeia produtiva da Cultura que precisa de um olhar muito especial”

Secretária da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo fala dos desafios à frente da pasta e da necessidade de mostrar a importância do setor para a economia do país.

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Marilia Marton, secretária de Cultura e Economia Criativa do Estado de SP

“Cultura não é perfumaria.”  Tendo em mente esta visão muito clara da cadeia produtiva que envolve o setor, a Secretária da Cultura e Economia Criativa do Estado de SP, Marilia Marton, avisa que, em breve, a palavra ‘Indústria’ vai fazer parte da pasta. Com mais de 24 anos de serviço público, Marília  conduz seu trabalho colocando na balança as emoções que a Cultura proporciona ao ser humano e a praticidade que o gestor deve ter para planejar com responsabilidade, cumprir cronogramas, orçamentos e executar obras com excelência.

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“Cultura não é aquilo que a nossa mãe falava ‘vai fazer teatro? E de profissão, vai fazer o que?’ É preciso entender que Cultura é uma profissão que envolve várias pessoas numa cadeia produtiva”, explica.

Ela lembra que, durante a pandemia, o setor cultural foi o primeiro a fechar e o último a abrir. Isso fez com que pessoas que atuam nos bastidores de um espetáculo, como sonoplastas, cenógrafos e figurinistas, por exemplo, precisassem procurar outra atividade para sobreviver. “É preciso desenhar a cadeia produtiva da cultura com o olhar da empregabilidade”, afirma.

Entre as metas de Marilia está a interiorização da Cultura, ou seja, trazer a cultura do interior do Estado para a Capital Paulista.”A gente não imagina como nosso interior é cultural! Quero mostrar coisas que a gente nunca viu, nunca ouviu e não teve acesso. E queremos mostrar cada vez mais”, afirma.

Marilia Marton tem 45 anos, é socióloga e tem larga experiência na administração pública: foi chefe de gabinete do deputado estadual tucano Turco Loco entre 1999 e 2003. Também foi assessora de Gabriel Chalita na Secretaria de Educação no governo Geraldo Alckmin e assessora na secretaria Estadual de Cultura, na gestão José Serra. Foi ainda chefe de gabinete de Andrea Matarazzo na Secretaria de Subprefeituras. Marília afirma que o diálogo com o  governador Tarcísio de Freitas é constantemente alinhado de acordo com as necessidades do Estado.

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Quando questionada sobre machismo, ela conta que, em uma família de mulheres, sempre aprendeu a se defender e a não entrar em ‘roubadas’.

“Sempre ouvi aqueles conselhos de mãe e avó: não entre em carro de estranhos, não largue copo com bebida e pegue novamente… Cheguei a fazer curso de defesa pessoal”, lembra.

Marilia Marton conta que, na adolescência, na década de 1990, a música “Lôraburra” de Gabriel O Pensador  serviu de combustível para seu desenvolvimento intelectual: “Graças à música, aprendi a me defender também no campo das ideias, estudando e adquirindo conhecimento. Vem ver quem é burra aqui!”, brinca a secretária, que é apaixonada por ópera.

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Confira a entrevista completa!

 

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