Operação Venire

Moraes manda soltar envolvidos em fraude de cartões de vacina

Com a determinação do ministro do STF, quatro investigados pela Polícia Federal serão soltos

Moraes-vacina
Alexandre de Moraes (Créditos: Divulgação/STF)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a soltura de quatro investigados no caso dos cartões de vacinação ligados a pessoas próximas do ex-presidente Jair Bolsonaro.

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No início de setembro, o ministro autorizou a saída da prisão de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente. Cid havia sido preso nas investigações dos cartões de vacina. Ele obteve a liberdade após iniciar acordo de delação com as autoridades.

Nesta terça-feira(19), Moraes mandou soltar o sargento Luis Marcos dos Reis, que era da equipe de Mauro Cid; o ex-major do Exército Ailton Gonçalves Moraes Barros; o militar do Exército Sérgio Cordeiro, que também atuava na proteção pessoal de Bolsonaro e o ex-secretário municipal de Governo de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha.

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Entenda

Em maio, os acusados foram presos durante na Operação Venire, da Polícia Federal (PF). A investigação apura a participação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, na articulação para emissão de cartões falsos de vacinação para covid-19.

Segundo as investigações, Cid teria atuado para validar cartões para sua esposa, Gabriela Santiago Cid, e suas duas filhas, e depois para Bolsonaro e sua filha menor de idade.

A operação que prendeu os suspeitos por fraude nos cartões de vacina foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, no âmbito do inquérito das milícias digitais. A polícia investiga um grupo suspeito de inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 em sistemas do Ministério da Saúde.

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Segundo as investigações, um grupo ligado a Bolsonaro inseriu informações falsas no ConecteSUS para obter vantagens ilícitas.

O objetivo do esquema era obter certificados de vacinação contra a Covid-19.

A PF identificou que as informações falsas foram colocadas nos sistemas do Ministério da Saúde poucos dias antes de Bolsonaro viajar para os Estados Unidos, em dezembro de 2022. O país exige comprovante de vacinação contra a Covid-19 para que estrangeiros entrem no país.

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