O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a soltura de quatro investigados no caso dos cartões de vacinação ligados a pessoas próximas do ex-presidente Jair Bolsonaro.
STF revoga prisão de quatro investigados por suposta fraude em cartões de vacinação. Para o ministro Alexandre de Moraes, as prisões não são mais necessárias com a evolução das investigações. Saiba mais: https://t.co/d3MR1kfofs pic.twitter.com/oPYIc2aXHD
— STF (@STF_oficial) September 19, 2023
No início de setembro, o ministro autorizou a saída da prisão de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente. Cid havia sido preso nas investigações dos cartões de vacina. Ele obteve a liberdade após iniciar acordo de delação com as autoridades.
Nesta terça-feira(19), Moraes mandou soltar o sargento Luis Marcos dos Reis, que era da equipe de Mauro Cid; o ex-major do Exército Ailton Gonçalves Moraes Barros; o militar do Exército Sérgio Cordeiro, que também atuava na proteção pessoal de Bolsonaro e o ex-secretário municipal de Governo de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha.
Entenda
Em maio, os acusados foram presos durante na Operação Venire, da Polícia Federal (PF). A investigação apura a participação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, na articulação para emissão de cartões falsos de vacinação para covid-19.
Segundo as investigações, Cid teria atuado para validar cartões para sua esposa, Gabriela Santiago Cid, e suas duas filhas, e depois para Bolsonaro e sua filha menor de idade.
A operação que prendeu os suspeitos por fraude nos cartões de vacina foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, no âmbito do inquérito das milícias digitais. A polícia investiga um grupo suspeito de inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 em sistemas do Ministério da Saúde.
Segundo as investigações, um grupo ligado a Bolsonaro inseriu informações falsas no ConecteSUS para obter vantagens ilícitas.
O objetivo do esquema era obter certificados de vacinação contra a Covid-19.
A PF identificou que as informações falsas foram colocadas nos sistemas do Ministério da Saúde poucos dias antes de Bolsonaro viajar para os Estados Unidos, em dezembro de 2022. O país exige comprovante de vacinação contra a Covid-19 para que estrangeiros entrem no país.