NEGOCIAÇÕES E RECLAMAÇÕES

No último dia do prazo, Câmara aprova MP do ministérios

Alguns deputados não esconderam o descontentamento com a falta de uma melhor articulação política do governo

No último dia do prazo, Câmara aprova MP do ministérios
Apesar de o número ter sido bastante favorável, alguns deputados se mostraram insatisfeitos com a articulação política do governo na Câmara (Crédito Foto: Reprodução/TV Câmara)

No limite do prazo de validade, a Câmara dos Deputados aprovou na noite desta quarta-feira (31) a medida provisória (MP) que garantiu a reestruturação dos ministérios do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. A MP passou com 337 votos a favor, 125 contrários e apenas uma abstenção.

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A aprovação na Câmara ocorreu, segundo analistas políticos, por duas razões:

– Lula se envolveu pessoalmente nas negociações;

– E também porque, nesta terça (30), o governo liberou R$ 1,7 bilhão em emendas parlamentares, um recorde para o ano.

O texto tem validade até às 23h59 desta quinta-feira (1º) e precisa também ser aprovado pelo Senado. O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) já marcou sessão para esta quinta para analisar o texto.

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Durante a votação de um destaque do PL, deputados aprovaram a recriação da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), considerado reduto de políticos.

Editada por Lula em janeiro, a MP criou novos ministérios e redistribuiu órgãos e atribuições entre as pastas. Caso contrário, se perder a validade, a Esplanada, hoje com 37 pastas, retornará ao formato de governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, com 23 ministérios. Para isso, o Senado precisa aprovar a MP ainda nesta quinta-feira.

Desde a manhã desta quarta-feira (30), Lula entrou no circuito e se reuniu com os articuladores do governo, os ministros da Secretaria das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e da Casa Civil, Rui Costa, além do líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE).

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Antes de o texto ser votado em plenário, o líder do União Brasil, Elmar Nascimento (União-BA), declarou apoio à MP, contudo reclamou, mais uma vez, da articulação política realizada pelo Planalto.

“Tudo isso é fruto da forma contraditória, desgovernada, de falta de uma base estabilizada, [que] faz com que houvesse a possibilidade da Casa dar uma resposta política a falta de uma articulação e segurança mais concretas. Os recados vem sendo dados dia a dia”, afirmou o deputado baiano.

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