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Câmara não vota MP que reorganiza ministérios; prazo termina amanhã (1º)

Caso a medida não seja aprovada pelas duas casas do parlamento, os ministérios criados pelo governo Lula deixam de existir

Câmara não vota MP que reorganiza ministérios; prazo termina amanhã (1º)
Câmara adia votação da MP dos ministérios para esta quarta-feira, 31 (Crédito Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

A Câmara dos Deputados deixou para esta quarta-feira (31) a votação da medida provisória (MP) que reorganiza os ministérios do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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Editada pelo petista em janeiro, a MP criou novos ministérios e redistribuiu órgãos e atribuições entre as pastas. As medidas provisórias passam a vigorar assim que são publicadas. Entretanto, caso não sejam aprovadas em 120 dias pelo Congresso, perdem a validade.

No caso desta MP, o prazo se encerra na meia-noite desta quinta (1º) para sexta-feira (2). Em razão disto, articuladores políticos do Planalto previam a votação do texto ainda nesta terça-feira (30). A MP chegou a entrar na pauta da Câmara, mas não foi votada.

Se a medida não for aprovada por Câmara e Senado no prazo, os ministérios criados por Lula deixam de existir, e o governo voltaria a ter a mesma estrutura que tinha na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O adiamento ocorreu após uma reunião entre lideranças partidárias e Lira, que durou mais de duas horas e foi feita a pedido do líder do governo, José Guimarães (PT-CE). O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), explicou que a votação não ocorreu nesta terça pelo “adiantado da hora”.

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“Pelo adiantado da hora e depois de uma longa reunião com todos os líderes da Casa, a votação da MP 1154 fica para amanhã no horário da manhã. O painel vai estar aberto a partir das 9h. Com votação a partir das 11h”, anunciou.

O União Brasil, que tem 59 deputados e comanda duas pastas na Esplanada dos Ministérios, fechou questão contra a medida provisória. O movimento foi seguido pelo PL, partido tem 99 deputados. E havia indicativo de que outras siglas, como o Republicanos e o PP, também seguiriam nesta linha. Governistas se decepcioram com o adiamento da votação e, alguns deles, admitiram que o Planalto está com dificuldades para conseguir a aprovação desta MP.

 

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